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Opinião
17/10/2015 - 08h52
A volta dos `black-blocks´
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Na medida em que o país sangra em sua crise econômica e política e figuras importantes têm o seu prestígio naufragado na lama pelo denunciado envolvimento em ilícitos, a sociedade torna-se mais frágil e à mercê de baderneiros que, sabe-se lá por quais interesses e a soldo de quem, investem na degringola. Os “black-blocks”, que surgiram nas manifestações de 2013, infernizaram os preparativos da Copa do Mundo e pouca ou nenhuma punição sofreram, estão de volta, infiltrados em diferentes acontecimentos onde classes de trabalhadores ou segmentos sociais se manifestam por diferentes razões. No “Dia do Professor”, eles se infiltraram na passeata da classe e foram atacar o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Atacaram, foram rechaçados com gás lacrimogênio e se ausentaram.

Espera-se que as polícias de São Paulo, que optaram por não prender e identificar os desordeiros na hora a ação, tenham elementos de investigação suficientes para identificá-los e responsabilizá-los pelo ocorrido. É preciso saber quem são os líderes, descobrir o que pretendem com essas atitudes desmedidas e, principalmente, processá-los. Tudo de forma rápida, pois se continuarem impunes, eles ressurgirão na próxima oportunidade e poderão fazer estragos maiores e até interromper vidas, como ocorreu no Rio de Janeiro, onde o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, foi morto por um rojão disparado pelos desordeiros.

A propósito, no Rio de Janeiro, só agora é pedida a condenação de 17 ativistas que respondem em liberdade pelos distúrbios de fevereiro do ano passado. É muito tempo para apurar o ocorrido e inibir os produtores do caos.

Num momento crítico como o que hoje vivemos, é importante que os responsáveis pela Segurança Pública, o Ministério Público e a Justiça façam todo o empenho para desencorajar as ações que possam agravar o quadro geral. Urge saber quem são os novos “black-blocks” e, mais que isso, identificar a motivação de suas ações e os seus mandantes. Sem essa ação de quem de direito, os acontecimentos paralelos, supostamente forjados para tirar a atenção do principal, poderão potencializar a crise e levar a sociedade para rumos que não são de seu interesse...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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