Há necessidade de selecionar os melhores. Escolher pelo mérito da competência é correto. Se não há vagas para todos, tanto no estudo como no trabalho, então faz-se necessário selecionar os melhores, os mais aptos. Não há outra alterativa, respeitando-se, evidentemente, ainda, a lei das cotas. Até aí tudo certo. Mas o que não dá para aceitar é essa cultura da competição, essa febre de competição, esse estímulo exagerado à concorrência, às vezes usando até macetes absurdos e imorais. Há até cursos ensinando a vencer competições, concorrências, estão incentivando os jovens a usarem de todos métodos para vencer. Vencer, vencer, vencer, mesmo pisando no pescoço do concorrente. É essa a filosofia da moda. Acho que isso afeta o caráter dos jovens, eles ficam indiferentes à solidariedade. Sem dar a mínima para o calor humano, ficando frios. Estão sendo treinados para não se importarem com o próximo. A ordem é vencer. Só vencer é importante. Honra, moral, caráter, ética e solidariedade são meras abstrações para a sociedade fria e cruel. Sei não, mas na minha concepção de homem do tempo do ronca, estão incentivando os jovens a trilhar o caminho da perdição. Essa competição fascista vai anular o caráter deles. Mas é essa a política de mercado nesta época de completa negação dos valores morais, uma época totalmente materialista. Inté.
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