Utilizado inicialmente, ainda nos anos 50, como naves espiãs, os drones, Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), ficaram conhecidos como ferramentas para fins militares. Entretanto, com o passar dos anos ganharam novas funções, sendo utilizados em filmagens de casamento a monitoramento de áreas urbanas e rurais.

No agronegócio, os drones têm facilitado e auxiliados produtores e pecuaristas no monitoramento de pragas e rebanhos com coleta de dados precisa, em um curto espaço de tempo, facilitando a tomada de decisões e reduzindo prejuízos. 

Usado na agricultura para a coleta de informações da lavoura, por meio de sensores embarcados nas aeronaves, é possível mapear todo o cultivo, levantando elementos precisos sobre a plantação. Tais informações permitem que o agricultor acompanhe o crescimento médio das plantas, verifique os espaços mal aproveitados, as áreas com falta ou excesso de água, os pontos de retenção de calor, além de realizar o controle de temperatura, umidade e velocidade do vento.

Os drones também são utilizados para identificação e controle de pragas e, em alguns casos, até mesmo para a dispersão de suplementos agrícolas. Na pecuária, é possível realizar o monitoramento à distância do rebanho, controle de manada e contagem de cabeças de gado em uma determinada área.

No Brasil, mesmo sendo prática embrionária, e necessitar de tecnologias mais avançadas, as ARPs, no agronegócio, em 2014, representou uma fatia de 21,3% do PIB nacional. Mas é preciso ter cautela, o uso de equipamentos não adequados pode trazer perdas significativas e não corresponder ao investimento.

Sem dúvida alguma os drones, se tornaram ferramentas facilitadoras para o agronegócio, mas sua utilização precisa ser bem planejada, com profissionais qualificados para o manuseio dos equipamentos, objetivando bons resultados e evitando futuros acidentes.

Nota do Editor: Guilherme Augusto Dias Reis é gerente de projetos da Eagle Soluções Integradas (www.eaglesi.com.br).