Toda mulher deve consultar um ginecologista a cada seis meses
São tantos os preparativos para o casamento que talvez passe despercebido um fator importantíssimo - os exames pré-nupciais. Falar sobre eles, no sentido puro da palavra, em tempos onde a iniciação sexual ocorre geralmente muito antes das núpcias pode parecer errôneo. Porém, o aconselhamento médico pode ser introduzido preventivamente tanto antes do início da atividade sexual quanto antes do próprio casamento. Eles evitam problemas futuros, podem prevenir a infertilidade e garantir o clima de eterna e saudável lua-de-mel. Lembre-se que é possível identificar com um simples check-up, doenças que podem comprometer a saúde e a tranqüilidade do futuro casal. A consulta pré-nupcial não deve servir apenas para solicitar uma bateria de exames. Este é, também, o momento apropriado para esclarecer dúvidas sobre contracepção e sexualidade. Mesmo que um bebê não esteja nos planos, exames podem prevenir problemas graves na gestação como a rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, entre outros. Doenças estas dramáticas e irreversíveis para o bebê. Segundo o Dr Arnaldo S. Cambiaghi, especialista em infertilidade do Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia - IPGO, "O ideal é marcar uma consulta, seis a três meses antes do casamento, com um ginecologista (para as mulheres), um urologista (para os homens) ou com um clínico de inteira confiança", explica o médico. A consulta exige um histórico pessoal (incluindo as características menstruais) e familiar cuidadoso, um adequado exame clínico geral e ginecológico. Neste momento serão avaliadas as mamas e será feito o exame dos órgãos reprodutivos. Permitindo a observação do colo uterino, a coleta adequada do material para o Papanicolaou, a detecção de alguma anormalidade vaginal, o toque, através do qual pode-se avaliar o útero e os ovários. Se houver alguma indicação, a ultra-sonografia pélvica pode ser realizada, informando melhor o ginecologista sobre o útero e os ovários da paciente. "Os resultados dos exames não devem contra-indicar o casamento. Alguns casais ficam inquietos quando descobrem um problema relacionado à procriação. Vale lembrar que, na prática, a identificação de possíveis dificuldades ou até doenças vai requerer apenas cuidados específicos, muitas vezes um simples tratamento ou a despreocupação com a contracepção. A necessidade de conhecermos também o estado pré-nupcial da fertilidade masculina nos permite orientar um planejamento familiar que venha ao encontro dos desejos do casal, bem como escolhermos o melhor método. O casal também precisa ser avaliado quanto à idade e maiores probabilidades familiares de doenças hereditárias ou problemas genéticos", finaliza o Dr Cambiaghi.
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