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Opinião
29/10/2015 - 07h01
O Brasil e a (falta de) decisão
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O país é bombardeado diariamente por notícias ruins. Do setor econômico vêm as informações da perda de 1,2 milhão de empregos em um ano, queda no PIB (Produto Interno Brito) com previsão de ocorrer por dois anos consecutivos, fato inédito desde a grande crise do café de 1929/30, e, do outro lado, verifica-se o “salve-se quem puder” do ativismo político. O governo divide seu tempo entre a obrigação de promover o ajuste econômico (onde optou por aumentar impostos em vez de diminuir gastos) e o interesse de tentar salvar o mandato da presidente da República, ameaçada pelo “impeachment”. O balcão de negócios instalado nos escaninhos do poder é inacreditável e destruidor da imagem da classe política junto à população.

O quadro perverso se completa com expressões que até bem pouco não faziam parte do cotidiano nacional com as conotações atuais, tais como mensalão, pixuleco, abanar o rabo (como sinônimo de pagar propina) e outras que passaram a fazer parte do dicionário popular brasileiro, no contexto das operações que apuram os diferentes tipos de corrupção. Tais operações, também, possuem nomes sui generis como Sathiagraha, Lava-Jato, Zelotis etc.

O sentimento que sobra ao cidadão comum é de viver num país que vai como um barco à deriva, onde, apesar das ações da Justiça, que tem levado à prisão figuras cuja punição era inimaginável, pouco se faz para a solução dos problemas e o retorno à normalidade. Vivencia-se, por exemplo, a medição de forças entre as correntes do Congresso onde muitos parlamentares são alvos de denúncias iguais àquelas que têm a obrigação de apurar em relação a membros e agregados do Executivo. As correntes políticas fazem proselitismo e chegam a convocar seus “bate-paus” para manifestações de apoio ou repúdio àquilo que pensam. Enquanto eles discutem, o país sangra. Os chefes de família perdem o emprego, as empresas deixam de produzir e até o governo arrecada menos impostos, pois cai a atividade econômica. A União, os estados e os municípios, em conseqüência, operam com déficit e têm dificuldade para saldar suas dívidas.

Precisamos, com toda urgência, resgatar o Brasil. É impatriótico a classe política se perder em debates e (o pior) conchavos, enquanto a população sofre. É necessário decidir urgentemente se haverá ou não “impeachment” e se o governo tem representatividade e força para continuar. A incerteza e a protelação são piores do que qualquer das decisões, mesmo que a decisão adotada não seja a melhor...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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