05/08/2025  01h55
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
12/11/2015 - 07h01
A polêmica reorganização escolar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Professores, funcionários e alunos de um grande número de escolas públicas de São Paulo promoveram ruidosas manifestações por toda parte diante da notícia – divulgada em setembro pelo secretário Herman Voorwald, da Educação – sobre a reorganização da rede que implicaria no fechamento de escolas e o agrupamento dos estudantes por faixas etárias. O cronograma previa a adoção de todas as medidas administrativas para, no próximo sábado, dia 14 de novembro, o chamado “Dia da Educação” a equipe de cada escola conversar com os alunos e seus pais ou responsáveis, informando-os sobre a proposta e ouvindo suas queixas e reivindicações enquanto clientes da rede.

A notícia ainda extraoficial sobre o fechamento de determinadas unidades colocou não só a comunidade escolar como a classe política em movimento de pressão ao governo. Depois de lançada a notícia da reorganização, o secretário da Educação e o governador, apesar dos esforços, não conseguiram convencer a comunidade sobre o acerto das medidas. Professores, pais, alunos realizaram passeatas e protestos por todo o Estado e, no dia 23 de outubro, o governo divulgou uma lista contendo as 94 escolas que deverão ser fechadas e a notícia de que alunos serão realocados em unidades diferentes das onde hoje estudam. Ficou claro, pelo menos para quem está fora do governo, que as medidas já estão tomadas, pois não se esperou a reunião com pais e alunos para ouvir o que pensam e anunciar as mudanças e fechamentos.

Prefeitos dos interior protestam contra o fechamento de escolas tradicionais em suas cidades. Pais e alunos reclamam que a mudança de prédio (mesmo que seja só até o limite de 1,5 quilômetros da escola original) será um transtorno às famílias. E os próprios funcionários, com certas cautelas, também se dizem contrários à proposta de reorganização.

Embora possa trazer benefícios ao processo educacional, a reorganização tornou-se um fantasma para toda a rede escolar paulista. Tanto que alunos ocupam escolas na capital em forma de protesto, os órgãos de professores e funcionários se pronunciam contra e os prefeitos se dizem insatisfeitos. Num país que já vive tantos problemas, é uma temeridade o governo paulista mexer, numa hora dessas, num setor tão sensível e que, bem ou mal, está em funcionamento. O encontro de sábado com a comunidade escolar tende a se transformar em problema e não solução. Talvez seja mais fácil o governador trocar o seu secretário da Educação e deixar a reorganização da rede para um melhor momento e com estratégia de comunicação mais eficiente. Recorde-se que o governador do Paraná também iria fechar escola mas, diante da reação negativa da comunidade, desistiu da idéia...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.