A epistaxe, mais conhecida como sangramento do nariz, ocorre quando há o rompimento dos vasos sanguíneos que nutrem a cavidade nasal e, em sua grande parte, é autolimitada e não precisa de tratamento médico. Apesar de ser mais comum em crianças com menos de 10 anos, estima-se que 60% das pessoas terão sangramento nasal, pelo menos, uma vez na vida. Segundo o Dr. Fabiano Haddad Brandão, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o ressecamento da mucosa causado pelo clima extremamente seco, a exposição prolongada ao ar condicionado e a rinite alérgica são os principais fatores e causam 90% dos sangramentos na parte frontal do septo nasal (estrutura que separa as cavidades nasais). Isso porque ocorre um ressecamento das vias respiratórias, promovendo a formação de casca (crosta) nas paredes do septo, que ajudam a romper os vasos. Nestes casos, a dica é utilizar os dedos polegar e indicador como uma pinça durante 5 minutos. A pessoa deve respirar pela boca durante a compressão, sentar-se da maneira confortável e deixando a cabeça em uma posição mais alta que o resto do corpo e inclinando-a para a frente. “Jamais incline a cabeça para trás ou deite-se, pois o sangue pode escorrer pela faringe e ir para o estômago ou vias aéreas, causando problemas mais graves”, ressalta o Dr. Fabiano. Os outros 10% ocorrem na parte posterior do nariz – e podem ter como causas: traumatismo local, inflamação, infecção, presença de corpo estranho e o fator mais grave: descontrole da pressão arterial. Geralmente, nestas situações, a hemorragia não cessará após o procedimento de compressão por 5 minutos e, o indivíduo precisará buscar ajuda médica, para uma aplicação local de vasoconstritores ou cauterização para controlar o quadro de sangramento. Como formas de prevenção, o especialista recomenda beber bastante água para manter-se hidratado e redobrar este cuidado com crianças e idosos que tenham problemas respiratórios. Vale aproveitar a hora do banho para respirar o vapor que se acumula, pois ajuda a umedecer as narinas, facilitando a remoção das possíveis crostas, além do uso de soro fisiológico para lavar as narinas, duas ou três vezes ao dia.
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