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Opinião
17/11/2015 - 07h02
O resgate do velho MDB
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A nação assiste nesta terça-feira ao chamado “congresso” do PMDB, que se realizará num clima de muita dúvida. O partido presidido pelo vice-presidente da República, ocupa sete ministérios e é tido como o maior dos integrantes da base aliada do governo, mas parte de seus integrantes quer a ruptura e o lançamento de candidatura própria em 2018. Também são peemedebistas os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados que, em maior ou menor intensidade, enfrentam denúncias de corrupção, mas não querem ser colados às irregularidades de que o governo é acusado.

Outrora frente de oposições, o MDB, sucedido PMDB, foi a frente de resistência e oposição à ditadura, grande bastião da redemocratização. Tanto que se tornou governo após a queda do regime autoritário. Talvez aí é que more o grande problema de nossa atual democracia. Sem força para criar o parlamentarismo, PMDB e seus sucedâneos no poder instituíram a coalizão, onde quem ganha a eleição, para governar, loteia o governo com os que perdem, constituindo um poder híbrido onde, o primeiro prejudicado é o dever fiscalizador do parlamento e das oposições. As minorias viram sócias para constituir a maioria governamental e a sociedade fica praticamente sem representação.

O PMDB tem sido o grande parceiro desde o momento em que deixou a cabeça do governo. Assistiu e endossou as esquisitices que se praticou e, agora quer se desvencilhar da condição de sócio do mau resultado. Os membros do partido devem ter cuidado para não ser cobrados daquilo que, até por omissão, deixaram acontecer de mal ao país. Outra coisa: mais do que discutir o próprio futuro, os membros desse grande partido, fariam melhor se usassem seu “congresso” desta terça-feira para a busca de saídas ao país, cuja economia esta em recessão. Mais do que discutir o futuro da presidente Dilma ou do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é importante apontar medidas concretas para tirar o Brasil da crise que já eliminou 1 milhão de empregos, milhares de negócios e tende a agravar se medidas saneadoras urgentes não forem adotadas. É preciso evitar a instalação da crise social, descrita em recente pronunciamento do comandante do Exército.

A República Brasileira está em crise, levada pela negligência do Poder Legislativo e dos partidos políticos em cumprir com o seu dever. Oxalá, o PMDB, fazendo jus ao seu passado de luta e resistência, tenha condições de, nesse momento, dar sua contribuição para a volta do pleno emprego, da economia crescente e da moralidade administrativa.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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