Dezenas de pessoas procuram consultórios de dermatologia todos os dias com o desejo de apagar tatuagens. Atualmente, a maior parte dos casos diz respeito a homens e mulheres arrependidos de terem tatuado nome ou iniciais de ex-parceiros em alguma parte do corpo. A remoção é possível com a aplicação do laser de rubi, técnica que não deixa cicatrizes. O procedimento foi trazido ao Brasil pelo Dr Mário Grinblat, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein. O especialista explica que a nova técnica levou ao crescimento do número de interessados em fazer desaparecer tatuagens ou parte delas. As tatuagens amadoras são retiradas com duas ou três sessões de laser. As profissionais, no entanto, são mais difíceis. Em raros casos, é necessária até mesmo uma anestesia geral. Em média, seis a nove sessões dão conta do problema, com intervalo de um mês entre cada uma. O laser de rubi ("Q"-switched, 694nm) dá vazão a pulsos que rompem a tatuagem. A tinta do desenho absorve seletivamente a luz do laser e, com isso, quebra-se em fragmentos pequenos, mais tarde eliminados pelo organismo. "Os raios atingem os pigmentos sem lesões à pele", afirma Grinblat, destacando que o aparelho é mais eficiente com tonalidades escuras: "É difícil remover as cores vermelha e amarela porque o laser é pouco captado por pigmentos dessas tonalidades". Os processos anteriores ao laser eram a cirurgia de excisão (retirada da região tatuada), peeling químico, salabrasão (lixar a pele com sal) e dermoabrasão (retirada de camadas da pele). De maneira geral, todos deixavam cicatrizes, o que não acontece com a nova tecnologia. Uma ressalva: o paciente precisa estar ciente de que o tratamento é dolorido. "A dor é subjetiva, mas o mais comum é a anestesia local", finaliza o dermatologista.
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