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Polícia e Segurança
27/11/2015 - 16h03
Insetos: aliados da polícia
Patrícia Jacqueline Thyssen
 

Solucionar crimes com a ajuda de insetos. Essa é uma das vertentes da entomologia forense, uma das áreas de atuação dos biólogos. Quando a causa da morte é desconhecida e o cadáver apresenta presença de insetos necrófagos, ou seja, que se alimentam de organismos mortos, é possível calcular há quanto tempo ocorreu a morte (o chamado IPM – Intervalo Pós-Morte) ou até mesmo apontar a causa. O trabalho é baseado na ação dos insetos encontrados em relação à decomposição do corpo.

Existem diferentes tipos de insetos necrófagos e são eles que se apresentam em diferentes etapas do processo de decomposição do corpo – os mais comuns são as moscas varejeiras e os besouros. Quando somos acionados, coletamos os insetos do cadáver e levamos para estudo em laboratório. Ao identificar a espécie presente é possível saber, precisamente, há quanto tempo a pessoa morreu. Assim, emitido o parecer técnico, em casos de assassinato, essa informação pode ajudar a Polícia Civil a definir os rumos da investigação a seguir, indicando ou eliminando eventuais suspeitos, e a chegar a uma solução.

Essa técnica também pode ajudar a identificar mortes ocasionadas pelo consumo excessivo de drogas. A biologia da decomposição faz com que a droga desapareça do corpo depois de um determinado tempo. No entanto, há insetos necrófagos que assimilam essas substâncias tóxicas. Feita a coleta e uma análise desses insetos em laboratório, é possível dizer se a pessoa morreu ou não de overdose e apontar também qual foi a droga utilizada por ela.

A entomologia forense ainda é uma ciência que está em fase de desenvolvimento no país, com possibilidade ainda de muitos avanços e descobertas a respeito. Mas, por sua reconhecida e indiscutível precisão nos resultados apresentados, já vem sendo cada vez mais utilizada pela Polícia Civil para desvendar muitas mortes.


Nota do Editor: Patrícia Jacqueline Thyssen é professora e pesquisadora da área pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e registrada no CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS).

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