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Opinião
10/12/2015 - 17h05
O continente em transição
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Vivemos, na América do Sul, um momento de mudanças. Na Argentina tomará posse o presidente Maurício Macri que derrotou nas urnas a presidente Cristina Kirchner e o peronismo. Na Venezuela, a primeira eleição parlamentar após a morte de Hugo Chávez, impõe vigorosa derrota ao governo, com as oposições ganhando mais de dois terços das vagas e forçando mudanças no caricato modelo que levou o país ao caos. O Paraguai já se reciclou ao afastar o ex-presidente Fernando Lugo e, aqui no Brasil, temos o impacto do deflagrado processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e acontecimentos político-econômicos paralelos.

O continente vai se reformando e, ao que parece, naquilo que depende do povo, diminui o espaço do bolivarianismo e dos formatos similares de governo. As diferentes CPIs e – mais que isso – a Operação Lava-Jato e suas subsidiárias, todas sucessoras do Mensalão, caminham na direção de passar o país a limpo, especialmente no tocante à corrupção, desmandos administrativos e a promiscuidade entre o público e o particular.

Como em todo governo ameaçado de cair, no entorno da presidente Dilma gravitam figuras de eficiência duvidosa, cuja ação, desenvolvida com o propósito de ajudar, acaba metendo o governo em grandes e desnecessárias contendas. A radicalização dos auxiliares, não raras vezes, acaba instabilizando o governo e o seu chefe.

O Brasil vive a grande encruzilhada político-institucional. Situação e oposição se batem agora para instalar a comissão do impeachment e, principalmente, para saber se o Congresso terá ou não o recesso de fim-de-ano. Já existe a proposta intermediária para que, em vez de fevereiro, os parlamentares voltem a trabalhar em 15 de janeiro e usem os dias que nos separam daquela data para mobilizar a população em torno do processo. 

O maior dos problemas, nesse momento, é o agravamento da crise econômica, sem dúvida, derivada da política. Encontra-se análises para todo gosto e muita especulação de encomenda que pouca importância têm no contexto. Precisamos resolver a crise política para evitar que continue impactando a economia. Parece que vivemos, tanto no Brasil como nos vizinhos, um fim de ciclo. As administrações já fizeram aquilo a que se propunham (conseguiram uma parte, não conseguiram outra) e está na hora de mudar. O atual processo brasileiro parece ter se esgotado, como já ocorreu em vezes passadas. É um momento que exige muita seriedade e responsabilidade para trilharmos novos e promissores caminhos. O Brasil é maior que a crise e exige soluções, as mais imediatas possíveis...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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