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Opinião
15/12/2015 - 09h09
Haverá Brasil depois do impeachment
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Nascidos com o vigor do protesto contra o aumento das passagens do transporte público, depois contrários à Copa do Mundo e, mais recentemente, pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, os movimentos têm ido às ruas. O domingo registrou manifestações por todo o país pela destituição da governante. Discute-se agora o número de manifestantes, a baixa adesão e as justificativas de época. Tudo perda de tempo num momento em que o país vive sua mais aguda crise das últimas décadas.

A expectativa agora é quanto ao rumo que terá o processo de afastamento da presidente, já deflagrado na Câmara dos Deputados, instância legalmente competente para tanto. Os parlamentares vivem o estresse das pressões de diferentes matizes, tanto pela manutenção quanto pelo impedimento. É preciso, nesse momento, honrar os votos que receberam do eleitor e buscar aquilo que seja melhor para o país e não para partidos ou grupos de interesse econômico ou eleitoreiro. É o que também se espera do Supremo Tribunal Federal, chamado a integrar a lide quando as instâncias próprias – Câmara e Senado – demonstram fragilidades.

Independente do resultado final dessa contenda, a tendência é dela resultar um Brasil melhor. Se se safar do afastamento e cassação, Dilma não poderá continuar fazendo as coisas que motivaram o processo pela sua saída. Se for afastada, quem entrar terá o compromisso de buscar novas alternativas. De outro lado, a tendência também é estancarem os maus procedimentos de corrupção tipo mensalão, petrolão e outros, cujos protagonistas estão encarcerados ou adereçados com tornozeleiras eletrônicas. O exemplo da Operação Lava-Jato é positivo e demonstra que, quando há vontade, apura-se os malfeitos e que, doravante, essa deverá ser uma tônica nesse país tradicionalmente acostumado a varrer a sujeira para baixo do tapete. É isso que nos leva a crer que, de qualquer maneira, o Brasil restará melhor.

O que preocupa no momento é o colapso na economia durante o intervalo do processo do impeachment. É preciso fazer algo para dar a segurança ao empresariado, ao investidor e ao mercado de que, independente do resultado do processo, haverá Brasil após o impeachment. O povo, mesmo tendo sido quem votou para eleger o governo e o parlamento, não merece sofrer com desemprego, inflação alta e até fome enquanto a classe política demora para encontrar a solução da crise de governo. A solução da crise tem de proteger o povo e jamais conter o chamado bote de ave de rapina destinado exclusivamente a atender os interesses da classe política.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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