Como conviver bem entre remédios e celebrações
Portadores de epilepsia sabem que suas crises podem acontecer a qualquer instante, mesmo durante o período das festas de fim de ano. Por isso, vale conscientizar e alertar para os perigos da ingestão de bebidas alcoólicas por conta dos medicamentos. “Quem faz uso contínuo de remédios para o controle da epilepsia não pode parar de tomá-los e, por isso, também não deve ingerir bebida alcoólica, pois o medicamento terá sua eficácia diminuída”, explica o neurocirurgião Luiz Daniel Cetl (www.drluizcetl.com.br), especialista em epilepsia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). No entanto, não há necessidade de ficar fora da festa, uma vez que a sociabilidade é importante para os portadores de epilepsia. Em caso de dúvida sobre a relação medicamento e bebida alcoólica, a recomendação é sempre consultar um médico, com consulta presencial. Por último, o especialista adverte que, independente do uso de medicações, o consumo de álcool deve ser sempre moderado. “Há possibilidade de interferência significativa no sistema nervoso central, com diminuição da percepção dos sentidos do indivíduo. O álcool possui a mesma via de metabolização da grande maioria das medicações, de uso contínuo ou não (fígado), e a ingestão associada interfere diretamente no efeito da medicação e até do álcool. Pode tanto reduzir o efeito do remédio quanto potencializá-lo, e ambas as situações nos pacientes em uso de medicações continuas pode, significar uma descompensação de uma doença controlada”, ressalta o neurocirurgião Luiz Cetl. Para mais informações sobre epilepsia, confira no videocast Epilepsia de A a Z.
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