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Opinião
28/12/2015 - 09h00
2016, a caça aos (outros) corruptos
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O procurador Deltan Dallagnol, informa que a Operação Lava-Jato – que investiga os desvios na Petrobras e em outras estatais – vai, em 2016, fechar o cerco sobre as contas de corruptos, corruptores e empresas nacionais e estrangeiras suspeitos de levar ilegalmente recursos do Brasil para o exterior. Até agora a operação repatriou R$ 659 milhões, mas a expectativa é que, no próximo ano, esse número seja pelo menos triplicado e dezenas, talvez centenas, de envolvidos sejam alvos de novas denúncias criminais.

Até o momento, 179 pessoas foram denunciadas por corrupção, crimes contra o sistema financeiro, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Existem em vigor 77 pedidos de cooperação internacional com 28 nações. Um dos resultados mais expressivos é a revelação das contas do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que teve US$ 2,4 milhões bloqueados na Suíça e, por causa disso, corre o risco de perder o mandato.

As condenações do Mensalão representaram uma guinada na vida nacional. Até então não se acreditava que figurões da política fossem para a cadeia. A Lava-Jato é a sequência daquele trabalho de recuperação nacional e, além dos políticos corruptos, também prendeu seus operadores e empreiteiros corruptores. São conseqüências inimagináveis no Brasil de até pouco tempo e – a bem da verdade – nada têm a ver com a política e os políticos que, descaradamente, procuram buscar dividendos nesse trabalho de moralização nacional. Fosse assim, não haveria tantos políticos de tantos partidos, inclusive do governo, envolvidos nas falcatruas apuradas.

O vigor das operações do Mensalão e da Lava-Jato deve ser tributado, evidentemente, ao regime democrático. Mas passa longe dos políticos que, infelizmente, se perderam na promiscuidade do poder e – muitos deles – não resistiram ao apelo da corrupção. A classe só não obstou as investigações porque, diante de fatos explícitos, perdeu a moral para enfrentar as forças da sociedade, no caso o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça.

Espera-se que essas operações moralizadoras tenham condições de apurar até o fundo do poço e enquadrar todos os corruptos que, por diferentes esquemas, roubam o dinheiro que deveria ser aplicado em Saúde, Educação, Segurança, Moradia e outros itens básicos da vida social. No dia em que os bilhões roubados pelas quadrilhas estiverem recolocados (pelo menos em parte) nos cofres públicos e os corruptos e seus asseclas cumprindo penas, o Brasil estará saneado e pronto para ser assumido por uma nova e mais atenta geração de gestores.

Que venha 2016 e, com ele, os rigores contra todos os que pilharam os cofres do governo e dos empreendimentos estatais. É disso que precisamos...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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