04/08/2025  21h55
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Crônicas
13/01/2016 - 14h25
Do lado de lá
Leandro da Silva
 

É melhor do que o lado de “cá”. Ela mora LÁ (numa cidade aconchegante). Eu, infelizmente, moro “cá” (numa cidade carnavalesca). Apesar da distância entre as duas cidades, o encontro foi inevitável. Tal encontro, segundo ELA, foi das almas (sonhos parecidos, vida parecida, ideologias parecidas, sofrimento parecido, entre outras colisões idênticas). Isso mesmo, encontro das almas.

Foram vinte e sete dias tagarelando por meio de um telefone. Não olhávamos o tempo passar (quando atentávamos, já eram duas da manhã – parafraseando Mário Quintana). Nossa troca de palavras impossibilitava qualquer intromissão da parte do alheio. Esquecia, do lado de cá, de observar o que estava se passando ao meu redor. Eu tinha certeza de que alguma coisa nasceria daquela conversação. Não era, apenas, um encontro qualquer.

Mas seria preciso transpor um obstáculo artificial – a ponte. Pensei:

- Sou mestre em transpor obstáculos – sem falsa modéstia. A fronteira natural entre o “cá” e o “lá” é o amor puro e verdadeiro entre duas pessoas que estavam “dispersas” neste mundo ilusório.

Isso mesmo, ilusório!

Era preciso, então, eu passar para o outro lado da ponte sem olhar o intervalo de tempo entre os dois pontos em questão (cidade aconchegante X cidade carnavalesca). No primeiro momento eu pensei:

- A distância é uma parede intransponível. Vou precisar ter foco e determinação (ela será minha).

Assim eu fiz. Fui transitar, em pleno sábado ensolarado, pelo bairro de Santa Bárbara (ela é mais bela do que a Santa). Olhar dentro dos olhos daquela mulher que havia me conquistado pelo seu encanto. No decorrer do trajeto entre a minha cidade e a dela, fiquei pensando:

- A felicidade não tem um caminho (parafraseando Mahatma Gandhi). Mas estou no caminho da felicidade.

Antes de vê-la pessoalmente pela primeira vez, me perdi em um alto “morro”. Tratei rapidamente de ligar para o celular dela. E disse assim:

- Eu acho que me perdi. Subi o morro mais alto do que o pico da neblina. Ela, com uma voz branda e... Deixa pra lá. Replicou:

- Você passou da minha residência. Desça que eu ficarei no portão aguardando você.

Desci, conforme ela havia pedido. De repente eu a vi no portão.... Ela era o meu sonho realizado.

Nos conhecemos. Entrei na sua sacada. Tomei assento no seu sofá. Participei do almoço e...

Quer saber o desfecho da história? Não estávamos extraviados, apenas aguardando o tempo nos aproximar.

Nina, só entre nós! Eu a amo!


Nota do Editor: Leandro da Silva (prof.leandrosilva23@yahoo.com.br), professor de História pela Universidade Gama Filho/Pós-graduando em Gestão Escolar Integradora (supervisão, orientação, inspeção e administração) pela Universidade Castelo Branco.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.