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Opinião
18/01/2016 - 11h07
Mundo inquieto
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

O economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo declarou que os efeitos das variações do câmbio e das taxas de juros perturbam a economia e promovem escandalosos ganhos especulativos que voam para fora, mantendo os países reféns de suas dívidas, seja através das chamadas arbitragens, que se aproveitam das oscilações dos juros e câmbio, entre o momento da entrada de dólares no país com o valor mais caro e o momento da saída, com a cotação menor do que a da entrada, gerando um ganho sem nenhum trabalho. Ou através das chamadas swaps cambiais que são adquiridas com dólar barato e trocadas na alta. A economia fica toda distorcida, e a finança pública, estourada sem qualquer benefício para a população em geral.

Também há o descontrole das contas públicas e as mazelas dos bancos e empresas controlados pelo governo. O descrédito da elite brasileira tem sido comentado pelo mundo. Estamos muito abaixo do que potencialmente poderíamos ser se o país contasse com uma classe política séria e uma população melhor preparada para a vida. Falta educação e preparo adequado. Pátria deseducada, com pessoas desorientadas, sem propósitos, sem saber o que fazer com a própria vida cujo significado desconhecem, e nem se esforçam para se esclarecerem. Permitiu-se a perpetuação da colônia dependente. As cidades brasileiras foram criadas de forma desordenada, sem planejamento, e com isso prevaleceu o imediatismo e a especulação imobiliária, o que gerou, em consequência, municípios sujos e pouco hospitaleiros. Nós merecemos mais parques arborizados para humanizar as cidades.

Temos de continuar buscando melhoras, contando com o apoio da mídia, das empresas e dos cidadãos. Queremos um Brasil melhor com uma geração forte para enfrentar os desafios. Em vez de identificar as causas dos problemas que se avolumam e nos afligem, os homens olham para os efeitos, preferindo fazer críticas e deixando de examinar as causas. O problema maior se situa no próprio homem, na sua forma artificial de viver porque não se preocupa com as consequências de suas atitudes, o que gerou problemas que agora atingiram um ponto de acumulação. Mais um pouco e poderemos ter o colapso de tudo, porque o homem não se preocupa em consertar a si mesmo.

O ser humano perde tempo com utopias irrealizáveis, quando ao contrário poderia ter criado um paraíso na Terra. Agora surgem distopias, isto é, as paisagens e a vida levadas ao caos. No entanto, o mundo dispõe de especialistas que poderiam ter encaminhado a vida para um estágio mais avançado, mas subordinados ao foco puramente financeiro, não atentaram para o perigo que se formava, inquietando a humanidade.

Invenções e teorias sobre a vida e seu significado existem aos montes. Cada um é livre para aceitar o que quiser, mas também responsável, e se não fizer uso de sua faculdade de examinar, comparar, refletir intuitivamente, então se torna culpado por não utilizar os talentos e capacitações ofertadas pelo Criador para beneficiar a humanidade.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club de São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, “2012... e depois?”; “Desenvolvimento Humano”; e “O Homem Sábio e os Jovens”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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