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Opinião
23/01/2016 - 08h04
O marketing político e a mentira
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Surgidas para compatibilizar os produtos e sua apresentação com a necessidade e as aspirações do mercado, as teorias de marketing fazem sucesso, especialmente quando garantem a fluidez dos negócios e a satisfação da clientela. Mas precisam ser aplicadas com rigorosa cautela e ter seus pilares sobre a estrita verdade. Qualquer falsidade tende a desqualificar o produto e afugentar os consumidores. Aplicadas sem critério ao meio político, muitas dessas teorias conduziram ao fracasso que o país e todos nós hoje amargamos.

Além dos pretensos salvadores da pátria, fabricados para as campanhas eleitorais, o brasileiro foi bombardeado por afirmações político-governamentais irresponsáveis como as de que o país havia pago a dívida externa e ainda emprestava dinheiro ao FMI, de que havíamos nos tornado autosuficientes em petróleo, de que crescíamos enquanto todo o mundo – especialmente as grandes economias – estavam em recessão etc. A mistificação foi tão grande e continuamente repetida com técnicas de marketing, que levou os inocentes e desinformados eleitores a, até as vésperas das eleições de 2014, dizerem orgulhosamente que “agora o pobre pode ter carro e viajar de avião”, sem saber que ainda no final daquele ano, o governo baixaria o cutelo para cortar parte de seus direitos trabalhistas e começaria a verdadeira derrama para o aumento de impostos. O Brasil que, tempos atrás, na linguagem marketeira, estava pronto para entrar na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), e colocaria seu presidente na condição de um sheik árabe, finalmente, mostrava a sua verdadeira cara.

A crise tornou-se explícita e mostrou, finalmente, à população, os males que a política populista e irresponsável trouxe à economia, números como a perda de 1,5 milhão de vagas no mercado de trabalho que, segundo os analistas, continua em baixa. As apurações dos malfeitos cometidos nas entranhas do governo, do parlamento e da maquina estatal mostram que o povo era, em parte, enganado com o emprego do dinheiro roubado dos cofres públicos que, além das campanhas políticas mistificadoras, também fizeram a riqueza (mesmo que espúria) das quadrilhas ligadas ao poder.

As notas de crédito e os indicadores econômicos do país mostram o risco de, perdermos, em curto espaço de tempo, o esforço de décadas que levou o Brasil até a condição de sexta economia do mundo. Enquanto governo e congresso purgam os pecados de seus próprios integrantes, o país sofre. Segmentos da sociedade saem do controle e rumam à intolerância e desordem. A sociedade precisa reagir mas parece não saber como. Vivemos grande dificuldade causada, em parte, pelo engodo do marketing político irresponsável e mentiroso...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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