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SEÇÃO
Crônicas
04/02/2016 - 13h03
Veneza
Beatriz Cruz
 

Em Veneza, todo mundo sabe, anda-se a pé ou de barco. O transporte público é feito nos chamados “vaporetos”, onde se pode ir sentado ou em pé. Há linhas com trajetos um pouco diferentes, com paradas ou não em determinadas “estações”. Os horários de uma linha ou outra também variam. Os bilhetes são vendidos em lugares específicos e podemos comprá-los como os do metrô, para uma viagem ou múltiplas. É ele que aciona uma cancela para a entrada na estação – um lugar protegido, envidraçado e com bancos, que fica em cima da água. Quando o vaporeto chega, atraca rapidamente. Primeiro descem os passageiros e depois sobem os outros, sempre supervisionados por algum funcionário ou funcionária que até dão a mão às pessoas que ficam meio cambaleantes por causa do balanço, como acontecia comigo. Navegando pelo Grande Canal temos a oportunidade de apreciar maravilhosos prédios, palácios e igrejas que a gente nem consegue imaginar como resistem há tanto tempo, ainda mais molhados daquele jeito... São tão bonitos, todo aquele conjunto é de uma beleza maior, difícil de descrever. É divertido andar de barquinho pra lá e pra cá e interessante passear de gôndola. Interessante também é ver os aprendizes de gondoleiro vestidos de camisa listrada tendo “aula” em plena “via” pública que em determinados momentos fica bem movimentada com o trânsito de vaporetos, gondoleiros, táxis, lanchas particulares e ainda barquinhos carregados de caixas e caixotes certamente destinados ao comércio e aos restaurantes. Entretanto, o que achei mais divertido de tudo foi o fato de ir para o aeroporto de barco! Tem um especial que passa em determinadas horas pegando os viajantes que embarcam de mala e cuia e vai embora em direção ao mar, deixando os canais para trás. Do barco diretamente para o avião é algo inusitado, nunca tinha passado pela minha cabeça. E até quem morre também vai de barco, lembrando Gil Vicente, não sei se para o céu ou para o inferno. Vai primeiro para o cemitério que fica fora da cidade, numa ilha ali perto, destinada exclusivamente aos finados. Dali em diante Deus é quem decide.

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