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Opinião
06/02/2016 - 16h00
Acordo em vigência
Luiz Gonzaga Bertelli
 

Depois de muita polêmica, finalmente o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tornou-se obrigatório no Brasil. A partir do dia 1º deste ano, o trema não existe mais na nossa escrita, assim como os acentos diferenciais e alguns hífens. A história do acordo data de 1990, quando as nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) assinaram um termo em favor da padronização das regras ortográficas. O acerto foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado à partir de 2009. A previsão da obrigatoriedade oficial era a entrada em vigor a partir de 2013. Uma enxurrada de críticas e polêmicas em torno das modificações, no entanto, ocasionou o adiamento para este ano. Isso não significa, porém, que as pendências foram resolvidas a contento. Até agora apenas três países assinaram o tratado, tornando obrigatórias as mudanças: Portugal, Cabo Verde e Brasil. Ainda resistem às modificações Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste.

A principal ideia entre os filólogos, principalmente os nossos representantes da Academia Brasileira de Letras (ABL), em especial o professor Evanildo Bechara, Professor Emérito CIEE/Estadão 2008, é que a padronização da língua facilitaria o intercâmbio cultural e científico entre os países, além de divulgar a literatura em língua portuguesa, sem diferenças de vocábulos. Segundo estatísticas do Ministério da Educação, o acordo alterou apenas 0,8% das palavras usadas no Brasil e 1,3% das utilizadas em Portugal. O fato é que se trata de uma modificação muito pequena para tanta polêmica e reclamação dos países-membros.

Alguns linguistas portugueses defendem a ortografia etimológica, aquela que leva em consideração a origem da língua e das palavras, sem se importar com o critério fonético, como o formatado no atual acordo. Mas o grande entrave, principalmente para os escritores que costumam criticar de forma sistemática o acordo, é o medo de ter de reaprender a escrever. Outros linguistas, entretanto, decepcionaram-se com a reforma que, segundo eles, foi muito tímida. Isso porque existem muitas variantes para se escrever uma palavra em português, mantendo-se dúvidas clássicas entre s, z, ç, ss, sc, por exemplo. No caso do hífen, então, as confusões permanecem.

Para ajudar aos estudantes, o CIEE possui cursos de educação à distância gratuitos que atualizam os jovens sobre as principais mudanças da língua. Em Novo acordo ortográfico – o que mudou? e Atualização gramatical, os estudantes têm acesso às novas regras e aprendem sua aplicabilidade no cotidiano. Ao todo são 47 cursos gratuitos à disposição pelo portal CIEE (www.ciee.org.br), com assuntos que buscam preparar o jovem para o mercado de trabalho.


Nota do Editor: Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).

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