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Opinião
13/02/2016 - 08h09
O país à deriva
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A grande notícia que o mercado esperava para esta sexta-feira (12) ficou para o mês de março. Técnicos do governo, que tinham a orientação para cortar R$ 50 bilhões de despesas no orçamento federal de 2016, só conseguiram encontrar entre R$ 18 bilhões “cortáveis” e, como isso não atende às metas econômicas, a presidente Dilma Rousseff transferiu para março o anúncio das economias a fazer durante o ano. Caso não consiga cortar despesas, a União repetirá no atual exercício aquilo que fez em 2015, fechando o ano com déficit e, mais uma vez, esbarrando na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Enquanto não consegue fazer os cortes, interlocutores do governo continuarão conversando com o Congresso Nacional na tentativa de buscar alternativas de arrecadação. Embora Dilma insista – e até tenha levado vaia ao falar sobre o tema – na reedição da CPMF, esse parece ser um assunto sepultado entre os parlamentares. Agora o governo chega ao extremo de estudar a possibilidade de deixar organismos internacionais por não ter recursos para pagar sua contribuição associativa. Só na ONU (Organização das Nações Unidas, devemos US$ 263 milhões. Nossas embaixadas e representações diplomáticas sofrem a mais absoluta penúria, com dificuldade para pagar contas de água e luz e comprar pepel e tinta para seus computadores. Talvez, numa administração mais austera, os inexplicáveis motivos dos recursos destinados nos últimos anos para Cuba e outros países pudessem ter servido para saldar esses compromissos.

O adiamento nos cortes trouxe mau humor ao mercado e puxa para cima a cotação do dólar. Depois de passar os meses de dezembro e janeiro na provisoriedade, esperando o Congresso e o Judiciário voltarem do recesso para resolver as pendência, entre as quais se destaca o impeachment presidencial, agora vemos o governo com dificuldades para cortar suas gorduras. O momento nos conduz à incerteza e, nessa condição, os investidores deixam de operar, colocando a economia em dificuldade ainda maior. Já não temos o governo e as obras de infraestrutura, hoje praticamente todas paradas e ainda corremos o risco do capital privado, por falta de segurança e perspectiva, manter-se retraído.

O momento é grave. O Brasil precisa de um choque de gestão, desmontar sonhos e delírios irrealizáveis e de muito trabalho. Governo, Congresso, Judiciário, políticos e lideranças da sociedade precisam agir rápido, antes que as dificuldades políticas e econômicas se descambem para a crise social. Se deixarem isso acontecer, o conserto será muito mais difícil e, principalmente, doloroso.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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