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Crônicas
20/02/2016 - 10h04
Recordar é viver
Dartagnan Ferraz
 

Sou mesmo um saudosista inveterado, de carteirinha. Acho que a maioria das pessoas da minha geração é saudosista. Quem não, de duas, uma: ou é insensível ou ruim da cabeça. Como não recordar e não ser grato ao passado? Como não relembrar aquele tempo que a gente era feliz e não sabia?

Tem mais, recordar o passado não é privilégio dos mais abastados. E os sentimentos, graças a Deus, ainda não estão tributados pelos governos. Acho que as pessoas que as pessoas que tiveram dificuldades na infância e adolescência têm, não obstante isso, boas recordações do passado. É bom que se frise que mesmo em meio às adversidades há gestos inesquecíveis de fraternidade, solidariedade e alegria. São momentos que se eternizaram na nossa memória. A felicidade existe também nos lares dos menos favorecidos.

Daí porque não entendo aqueles que hoje estão bem de vida, diga-se de passagem, financeiramente, as que antes eram pobres, reneguem e tentem esconder sua história, o tempo das vacas magras foi apagado por eles. Um absurdo. Ora, eles deveriam ter orgulho do passado. Sabem por quê? Porque talvez tenham sido as dificuldades que lhes deu força e têmpera para progredir na vida.

Particularmente fui muito feliz na minha infância e adolescência. Apesar de não ser filho de rico e da asma crônica, vivi intensamente aquele tempo, nele estão minhas mais caras recordações. Ainda hoje lembro com lágrimas nos olhos, como se visse num videoteipe meus momentos mais felizes, as alegrias de criança e os sonhos de adolescente, a vida pulsando feliz mesmo em meio às dificuldades, preconceitos, tabus e discriminação. Filho de comunista era como se tivesse bexiga preta, pegava no vento.

A minha história é a história de tantos outros companheiros de geração. Vivemos a infância e adolescência numa época mais atrasada, mas, acreditem, mais feliz. Por isso sempre digo que recordar é viver. Não abro mão das minhas recordações. Inté.

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