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Opinião
25/02/2016 - 07h00
De panelaço em panelaço
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Partido dos Trabalhadores, hoje perdido no olho do furação, foi alvo de mais um panelaço quando, no seu horário gratuito de rádio e televisão da terça-feira, fez a defesa do ex-presidente Lula. O bater de panelas que, na Argentina chegou a derrubar o presidente Fernando de La Rúa, em 2001, tornou-se agora instrumento de demonstração da insatisfação contra Lula, Dilma e seus governos, aqui no Brasil. Diante dessa forma de protesto, a presidente deixou de fazer pronunciamentos tradicionais dos chefes da Nação, como os do Dia do Trabalho e do final de ano. Mas, mesmo assim, quando menos espera, lá está o barulhaço reprovador.

O país já vinha escandalizado com uma sucessão de malfeitos que envolveram políticos e figuras do governo e desviavam a finalidade de recursos públicos destinados a saúde, educação e outros serviços básicos. Mas, a revelação do Mensalão, que resultou na prisão de líderes do PT e partidos aliados, condenados pelo Supremo Tribunal Federal em razão do foro especial, foi o começo da desconstrução da imagem de “único honesto” que o PT cultivou desde a sua fundação e onde firmou todo o seu proselitismo quando na oposição. Com o Petrolão, que ainda tem muita coisa a apurar, então, a autocriada imagem de repositório da moralidade pública acabou de se liquidar. O partido, com importantes lideranças no cárcere e outras ameaçadas, vive os priores dias de seus 36 anos de existência. E, com certeza, os partidos que ao seu lado formam, também acabarão manchados.

A Operação Lava Jato apura crimes cometidos nos escaninhos do poder, pode levar no turbilhão mais figuras de destaques e, até, derrubar o governo. É o resultado das ações impensadas ou, pelo contrário, muito bem engendradas. Sua continuidade até a identificação do último elo da nefasta corrente, é imperativo nacional. Aconteça o que acontecer, é importante buscar um novo pacto de poder e uma forma sustentável de vida aos partidos políticos e de custeio das campanhas eleitorais. Não podemos continuar à mercê de formatos incertos e, principalmente, que dêem margem ao desvio dos cofres públicos e estatais.

Os partidos políticos precisam ter uma forma consistente e sustentável de vida e gestão. As campanhas eleitorais devem ter meios de custeio que, revelados, não esbarrem no Código Penal. E os governos têm de abandonar o expediente de cooptar os perdedores para com eles formar a maioria parlamentar fisiológica que hoje turva a imagem da classe política nacional. No dia que tudo isso for concretizado, acabarão os panelaços, com certeza...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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