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Opinião
13/03/2016 - 08h04
Para além do olhar aluado
Dartagnan da Silva Zanela
 

(1)
Os problemas, em matéria de educação, não são abordados com o claro intento de resolvê-los de maneira minimamente razoável. Não mesmo. Na verdade, os problemas educacionais, dum modo geral, são atacados duma forma viciosa e circular, onde todos acabam agindo de modo similar a uma matilha de cães correndo atrás de seus respectivos rabos e, fazendo isso, acham que estão realizando algo que preste.

(2)
Propor uma solução viável para um problema que ninguém quer resolver é uma arte levada muitíssimo a sério nessas terras de desterrados; arte essa que vem obtendo a plena realização de seus mais viscerais propósitos que é simplesmente a realização da frivolidade das nulidades.

(3)
Para realizar atos significativos não é tão importante sonhar não. Todavia, ser capaz de suportar titanicamente frustrações e derrotas com altivez é imprescindível para que tais atos sejam realizados com maestria.

(4)
Uma sociedade fundada na inveja e no ressentimento, na desídia moral e intelectual, não tem como não se brasilianizar.

(5)
Seria risível, se não fosse trágico, vermos pessoas esclarecidas – que, ao menos, se consideram assim – conversando mui seriamente sobre os últimos babados que vem rolando no famigerado BBB. Pior! Fazem isso sem perder a pose de sabidas e a empáfia da dita e indigesta criticidade que, por sua deixa, torna o quadro mais sorumbático ainda.

(6)
A mulher é o termômetro moral duma sociedade. E ela o é porque tudo inspira. Corrompendo-se a alma feminina, mutilando a sua dignidade e depravando a sua imagem, a decadência geral torna-se inevitável. E assim o é porque ela tudo inspira.

(7)
A idiotia em nosso país é difusa e profícua, todos sabem disso. Porém quando o assunto é igualdade, igualitarismo e equidade e, principalmente, quando o farsesco bom-mocismo crítico fala em nome desses trens fuçados, a estultice abunda sem a menor cerimônia ou restrição. Pois é, tem que se ter uma paciência de Jô pra aturar tamanha autocomiseração.

(8)
O vaidoso adora gabar-se de sua nulidade empavonando-a com méritos e dignidades histrionicamente imaginados.

(9)
Todo aquele que almeja a abundância sem auto-sacrifício não passa dum cretino egoísta e mimado que acredita que o mundo existe unicamente para servi-lo, principalmente se o caipora imagina-se ser o contrário disso.

(10)
O cético empedernido é aquele sujeito que credulamente acredita que algo não pode ser explicado para melhor cultivar aquela pose afetada de portador da tal (in)consciência crítica.

(11)
Que a nossa inclinação para a misericórdia seja sempre maior que nosso indignado clamor por justiça.

(12)
Todo aquele que vive de maneira leviana sempre encontra um pretexto para não realizar os seus deveres mais elementares.

Todo aquele que traça sua vida tendo um firme propósito como objetivo, realiza-se sempre como pessoa, pouco importando a circunstância que o devir dos dias lhe apresentar.

(13)
Maldade e ignorância são o verso e o reverso da mesma moeda suja.

(14)
A maior treta utilizada pelos esquerdopatas, pra tirar o seu da reta, é opor à verdade dos fatos ululantes da presente crise uma série de mentiras a priori pra tentar amenizar o vexame. Mentiras que ninguém engole; ninguém mais aguenta o cinismo dessas almas ideológica e moralmente despudoradas.

(15)
Toda vez que tenho minhas vistas, e meus ouvidos, agredidos pelas produções fecais que se convencionou chamar de arte contemporânea - que no fundo não passam de desgraças inomináveis – de pronto lembro-me das pontuais palavras de Roger Scruton que nos ensina que os artistas, os de verdade, não são esses caiporas pestilentos que avacalham toda e qualquer tradição; artistas são os sujeitos que se apresentam como seus derradeiros defensores. Qualquer coisa diferente disso, não é artista não; é gambiarra.

(16)
Apenas nos tornamos efetivos construtores do futuro quando nos portamos como altivos depositários do passado.

(17)
As verdadeiras amizades somente são forjadas quando estamos em marcha rumo à pátria celeste.

(18)
Se não houver o reconhecimento de uma lei divina inscrita no coração dos homens de vereda todas as obrigações morais perdem o seu sentido de realidade.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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