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Opinião
22/06/2016 - 07h22
Queda de ministros, essa bomba de efeito retardado
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O presidente Michel Temer foi levado, pelas circunstâncias, a demitir três ministros que tiveram seus nomes citados em delações premiadas e supostos ilícitos em apuração pela Operação Lava Jato. Até aí, tudo bem. O inusitado é a presidente afastada, Dilma Rousseff e seus seguidores verem problemas nisso e até indagarem “quem será o próximo”. Se pensassem bem, evitariam qualquer comentário ou avaliação, porque os demitidos foram ministros dos governos petistas, e os atos irregulares que os derrubaram ocorreram durante aquelas gestões e, mesmo assim, não foram afastados na ocasião. Ao contrário de Temer, Dilma não afastou seus auxiliares denunciados; preferiu com eles conviver e protegê-los até o fim. Fez isso, inclusive, em relação a Lula, a quem está cada dia mais provado, tentou fazer ministro para tirá-lo da mira da Lava Jato.

O país vive momentos delicados. Já afastou a presidente que não reúne mais condições de governar, mas tem de atender ao rito burocrático da deposição, que se estenderá pelo menos por mais dois meses. Enquanto interino, Michel Temer tem de pisar em ovos, tanto para manter boas relações com o parlamento mal-acostumado em consequência do nefasto presidencialismo de coalizão e atropelado por denúncias de malfeitos em governos anteriores quanto para se safar das bravatas do ativismo estrábico da antecessora e de seu desfigurado partido político. Não faltam maturidade e nem experiência a Dilma, a Lula e a seus seguidores para entenderem que o filme petista queimou. Mas, mesmo assim, ainda procuram reagir, buscando uma vitimização que cada dia convence menos até seus próprios simpatizantes.

Cada ato desses a que Dilma comparece e cada entrevista que concede àqueles que ainda têm a disposição de ouvi-la, deixam mais claro o revanchismo e a luta desmedida pelo poder, mesmo depois do histórico que a cada apuração da Lava Jato, se torna mais comprometedor. O melhor que a presidente Dilma pode fazer, se realmente se preocupa com o Brasil e os brasileiros, é renunciar. Abrir mão da defesa que todos sabem ser ineficaz diante do quadro apresentado. Já que não teve a disposição ou condição de se livrar dos errantes de seu governo, continue ao lado deles, mas deixe de atrapalhar o Brasil, que vive uma das maiores crises de sua história, por obra e (des)graça do seu governo.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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