Sou uma verdadeira nulidade em muita coisa. Não faço nada bem. Sou um caso perdido. Mas dentre as coisas que faço mal, talvez a pior seja escrever à mão. A minha caligrafia é horrível. Não, não é porque fiquei com as mãos trêmulas devido aos remédios. Ela sempre foi péssima. Fica ilegível até fazendo letra de forma. Quando escrevo ninguém consegue decifrar meus hieróglifos, nem Ptolomeu conseguiria. Nem eu mesmo decifro. Detalhe: criança fiz exercício de caligrafia naqueles cadernos especiais, mas não logrei êxito nenhum. Nas provas quando estudante fazia um esforço danado para, com letra de forma, nas provas, para os professores entenderem. Era um sacrifício danado. Mas, pasmem, números eu escrevo bem. Vocação para a matemática? Não, sempre fui ruim nela. Não sei explicar, várias pessoas ficam surpresas como um sujeito pode ter uma caligrafia tão ruim e escrever bem números. Sempre tive inveja de quem a letra é boa. Minha mãe tinha uma letra linda, meu pai também, meus irmãos e irmãs idem, mas eu sou um fracasso. Para o meu neto digitar, tenho que bater à máquina os textos ou ditar. Sou, repito, um caso perdido. Inté.
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