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Opinião
09/07/2016 - 11h23
Uma data que não pode ser esquecida
Luiz Gonzaga Bertelli
 

O 9 de Julho evoca os acontecimentos que mobilizaram os paulistas em 1932. Iniciado em 26, o governo de Washington Luís não foi tranquilo: a crise econômica mundial de 1929 gerou alto desemprego. Na política, provocou forte reação ao indicar o governador Júlio Prestes à sua sucessão, quebrando a política do “café com leite”, na qual paulistas e mineiros revezavam a presidência do País. Seria a vez do governador mineiro Antônio Carlos, que inconformado, lançou a candidatura do governador gaúcho, Getúlio Vargas, com João Pessoa, governador da Paraíba vice. Em 30, as eleições deram a vitória ao paulista, Vargas contestou. O assassinato de Pessoa, em julho, originou o movimento militar que depôs Washington Luís.

Vargas já assumiu quebrando promessas: suspendeu a Constituição e dissolveu o Congresso. Esse desrespeito gerou insatisfação paulista. A sociedade se mobilizou para lutar “pela autonomia de São Paulo e pela constitucionalização do Brasil”. Em fevereiro de 32, partidos se uniram lançando a Frente Única. Em 22 de maio, comícios assumiam tom inflamado, gerando ataques a jornais favoráveis a Vargas. Na tentativa de depredação da sede do Partido Popular, os paulistas foram recebidos a tiros, vitimando Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia e Antônio Américo de Camargo Andrade. Os jovens entraram para história, pois as iniciais de seus sobrenomes batizaram o movimento do levante paulista: o MMDC, que em 9 de julho, sob o comando do general Isidoro Dias Lopes e do coronel Euclides Figueiredo, chefes do Estado Maior Revolucionário, eclodiram a revolução paulista, para depor Vargas, convocar eleições e promulgar nova Constituição.

Mas as tropas paulistas lutaram sozinhas, pois as promessas de ajuda não se cumpriram. Contavam com 7 aviões e 44 canhões, contra os 24 aviões e 250 canhões das forças de Vargas. A rendição foi assinada pela Força Pública em 2 de outubro. Entretanto, os livros de história indicam que apesar da derrota militar, os paulistas saíram vitoriosos em 32, pois o País ganhou uma Constituição em 34. Foi um exemplo ímpar de união e força, que talvez não mais se reproduza entre nós.


Nota do Editor: Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).

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