Recentemente, uma senhora, comentando o morticínio promovido em Nice, disse que deveríamos orar pela paz no mundo, principalmente agora nesta época de desamor generalizado que estamos vivendo, na qual o terrorismo parece ser o sintoma mais evidente. Eu pensei: "Sim, podemos orar pela paz e, em outros lugares no mundo, haverá mais pessoas fazendo o mesmo mas, para haver paz, seria preciso que todas as pessoas deste planeta o quisessem."

Não seria impossível que houvesse paz se este fosse o desejo sincero de todos os corações humanos. Mas qual é o desejo contido no de grande parte das pessoas que promovem estes massacres que estão enchendo nossas almas de dor e nossos olhos de lágrimas? Elas querem sangue. E, para ver sangue sendo derramado, não se importarão com o sofrimento causado a gente inocente, como o fez o maluco que, com o caminhão, matou mais de oitenta pessoas, entre elas mulheres e crianças. Ele pensou nas pessoas inocentes que mataria? Não. Se tivesse pensado, não o teria feito.

Para que haja paz no mundo, é necessário que isto seja o desejo de todos, que cada um de nós olhe além do próprio egoísmo e ponto de vista, porque temos de entender também que não podemos querer apenas impor nossos desejos e vontades e que todos os outros, principalmente os diferentes de nós, têm os mesmos direitos. A paz não é impossível, o problema é que nós a tornamos uma realidade cada vez mais distante com os nossos atos egoístas e violentos.