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Opinião
24/07/2016 - 07h46
Seriam eles terroristas?
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Vivemos um momento crucial em relação ao terrorismo que atormenta a Europa, Estados Unidos e outras partes do mundo com quem temos relações. A prisão dos dez acusados de estarem se preparando para cometer atentados durante os Jogos Olímpicos do Rio carece de ampla investigação para determinar a real existência da conspiração e qual o exato papel de cada um dos envolvidos, quais as ações que o grupo já desenvolveu e o que efetivamente pretendem. Embora vivamos num país democrático e com liberdade de informação, nos parece contraproducente a publicidade que se deu à operação. Até porque a simples exposição do ocorrido e seus desdobramentos poderão encorajar outros supostos simpatizantes da causa e, o pior, colocar nosso país em rota de colisão com o dito Estado Islâmico.

É preciso compreender que o simples fato de alguém converter-se ao islamismo não autoriza a supor que tenha se vinculado ao Estado Islâmico, grupo sunita que faz leitura própria do islamismo e hoje domina territórios do Iraque e da Síria. Segundo Censo de 2010 existe 35 mil seguidores do Islã no Brasil, mas outras fontes dizem haver mais de 1,5 milhão deles e ser crescente o número de adesões. Todos esses homens e mulheres, devotos de uma doutrina são merecedores de respeito, não podem em razão de sua fé ser confundidos com terroristas e nem de longe vistos como uma ameaça. Uma coisa é a religião e outra e o ativismo político e até o extremismo. Importante lembrar que em todas as crenças existem os fanáticos e estes são rejeitados pelas próprias instituições e por seus membros regulares e tradicionais.

Nesse momento, em que já recebemos delegações estrangeiras para participação nos jogos, o mais importante é manter a segurança desses visitantes e ter mobilizados os serviços de inteligência para a identificação de movimentos que possam sugerir a prática de atos terroristas ou oportunistas de convulsão social. A reunião do aparato nacional e internacional montado para dar suporte ao certame esportivo, tem de ser suficiente para garantir a segurança dos participantes, e as autoridades brasileiras precisam manter a segurança pública.

Por enquanto, cabe-nos acreditar na inexistência de células agindo em nosso país sob as ordens do Estado Islâmico, até porque não fazemos parte de sua luta. Haverem aqui simpáticos ao movimento não caracteriza crime desde que não empreendam ações que violem as leis locais. A possibilidade de ações terroristas não deve nos inquietar mas, nunca é demais manter os olhos abertos. Afinal, há muito tempo já se diz que o preço da liberdade é a eterna vigilância. Sejamos vigilantes...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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