Grande parte das pessoas vive numa espécie de frisson e obsessão por compromissos, horários, agendas e eventos. Além disso há uma fixação exagerada em ganhar dinheiro, subir na vida, ascender na sociedade cafona, crescer, virar celebridade. É a cultura impingida pelo capitalismo. É o resultado da lavagem cerebral praticada pelo mercado.

As pessoas vivem agendando compromissos, quando não conseguem ficam nervosas, quase pirando. E a maior parte desse pessoal esquece de viver. Esquecem, creiam, de aproveitar a vida. Esquecem de gozar e usufruir das boas coisa da vida que custam, pasmem, zero oitocentos. O bom da vida, o filé mignon, são as pequenas coisas. É viver, respirar, observar, assuntar, curtir a natureza, viver em comunhão, aproveitar os bons momentos. A vida é bela, belíssima, embora seja fugaz. E porque é fugaz é tão gostosa, e justamente por isso devemos raspar o cororó da panela dela, da vida.

Pra que essa febre de compromissos, de ânsia por poder, posição social? Para que essa ambição absurda? É muito melhor curtir a vida sem lenço e sem documento.

Todos precisamos trabalhar, tudo bem, mas sem exagero, devemos dosar as coisas, nunca esquecer da frase de Mário de Andrade pela boca de Macunaíma: - Ai que preguiça! Viva a vida. Inté.