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Opinião
05/08/2016 - 06h46
Agosto e a solução nacional
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Vivemos mais um agosto, o mês que costuma ser sombrio para a política nacional. Nele suicidou-se Getúlio Vargas, renunciou Jânio Quadros, morreram JK e Castello Branco e ocorreram muitos incidentes que mudaram os rumos da vida nacional. O agosto de 2015 já foi nervoso. Nele se avolumavam as notícias sobre os desvios de finalidade dos recursos do BNDES, irregularidades nos fundos de pensão, ampliavam-se as informações da Operação Lava Jato sobre o envolvimento de políticos e partidos em esquemas de propina e as notícias das “pedaladas fiscais”, que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). Há um ano vivemos a plena convulsão política, que tende a ter seu desfecho no próximo dia 29, data em que o Senado deverá decidir o destino do mandato da presidente.

O passar de um ano em regime de crise política aguda, como temos vivido, é a indicação de que o Brasil precisa de urgente reforma político-institucional. Não pode, sob qualquer pretexto, um governo já sufocado pela ingovernabilidade ter uma agonia tão extensa. Urge que nossa elite política e os centros de saber busquem um formato de governo e governabilidade que não exponha o país a tão longos períodos de indefinição política e conseqüente destruição econômica.

Depois de definida a questão do impeachment, o Brasil não pode se esquecer de modernizar a lei que regula esse instituto e, se possível, buscar mais alternativas institucionais para a manutenção de um regime onde as crises não sejam arrastadas por meses, até anos, quando todos já sabem qual é a única solução. Temos de encontrar o formato ideal de governança de um país gigante e complexo como o nosso, e fazê-lo de forma que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário possam cumprir agilmente suas funções, com harmonia e independência, como manda a Constituição. E o presidente Michel Temer deve reafirmar sua não candidatura à reeleição, para ter a confiança e a ajuda de todos na tarefa de reconstrução nacional.

O Executivo tem de se empenhar em governar, o Legislativo em produzir as leis e o Judiciário em dirimir as dúvidas. Para combater os esquemas criminosos que a Lava Jato, suas sucedâneas e outras investigações já descobriram e ainda poderão identificar, temos a Polícia e o Ministério Público e a Justiça Federal, que dispõem dos instrumentos suficientes para cumprir sua missão. É só deixá-los trabalhar...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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