Tempo seco, com baixa umidade do ar, desencadeia e agrava a doença
O inverno chegou e, com ele, o ar se torna mais seco. Nessa época, é comum que a pele também fique um pouco mais ressecada e, como consequência, podem aparecer algumas doenças de pele. A dermatite atópica, também chamada de eczema atópico, é uma delas. “Trata-se de uma doença crônica, caracterizada por pequenas lesões vermelhas, que coçam e descamam. Apesar de ser mais corriqueira em crianças, também atinge adultos”, pontua o dermatologista Bruno Vargas (www.brunovargas.com.br). Em bebês, ela costuma se manifestar na face e em partes externas dos braços e pernas, enquanto, nas crianças e nos adultos, é mais comum próximo a joelhos, cotovelos, entre os dedos e no pescoço. A doença não é contagiosa e não tem cura, mas o dermatologista garante que pode ser controlada por meio de tratamento específico, o que previne agravamento. “A pele afetada precisa de cuidados especiais, pois fica mais ressecada e sensível”, alerta. Ele recomenda que, principalmente, durante épocas de baixa umidade, as pessoas com dermatite redobrem os cuidados. “Existem hidratantes específicos para reconstituir a barreira de proteção, já que nesses casos não basta só hidratação. Os banhos devem ser rápidos, com água morna a fria e o excesso de sabonetes deve ser evitado, já que ele retira a camada de gordura da pele, tornando-a mais ressecada”, aconselha. Algo que também ajuda em casos de dermatites atópicas é o uso de probióticos (lactobacilos), que regulam a flora intestinal e ajudam o organismo a eliminar corretamente as toxinas que afetam diretamente a pele. Nas crises, existem ativos como corticoides e imunomoduladores, que ajudam no controle, a prescrição deve partir, sempre, de um médico dermatologista.
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