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Opinião
20/08/2016 - 05h50
Brasil x Uruguai
Francisco Américo Cassano
 
Reflexos da Venezuela Bolivariana

A admissão da Venezuela, como Membro Efetivo do MERCOSUL, foi objeto de ardiloso estratagema montado pelos governos do Brasil e da Argentina: aproveitando o período de suspensão do Paraguai, que estava retardando essa aprovação por divergências políticas, a Venezuela foi efetivada rapidamente e aproximou ainda mais os países sul-americanos de viés político contrário aos Estados Unidos da América.

No Regimento do MERCOSUL está prevista uma rotatividade semestral para a Presidência do bloco. Como essa rotatividade é realizada em ordem alfabética, nesta oportunidade cabe a Presidência ao governo da Venezuela. Ocorre que tanto a Argentina e o Paraguai, em eleições livres, como o Brasil, em função de impeachment presidencial, contam com nova linha de política externa e divergente do bolivarianismo que há muito tempo domina o pensamento político da região.

Assim, há forte rejeição para a posse do presidente venezuelano na Presidência do MERCOSUL. Tal rejeição se materializou com a demonstração de que a Venezuela não cumpre metas definidas regimentalmente e que a torna impedida de tomar posse até que tais metas sejam satisfeitas.

Diante disso, o Uruguai – que exerceu a Presidência no último período e que é o único aliado do governo bolivariano da Venezuela – quer manter a rotatividade e luta para que a sua posse seja imediata. Tendo em vista que o governo brasileiro – através do Ministério das Relações Exteriores – tem interesse em estabelecer uma nova diretriz política e econômica para o MERCOSUL – e que tem o total apoio da Argentina e do Paraguai – foi criado um impasse o Uruguai.

Diante desse impasse, e para estender a discussão para outros fóruns, o Uruguai está utilizando um convite efetuado pelo governo brasileiro, para exploração conjunta de oportunidades de negócios em outros mercados, como sendo uma “compra de voto ilegal” para a sua concordância com o impedimento da Venezuela.

Apesar da forte reação do governo brasileiro, com a convocação do embaixador uruguaio para explicações sobre tal afirmação, essa divergência continuará por mais algum tempo até que o MERCOSUL consiga eliminar o bolivarianismo que comandou as suas relações nos últimos tempos e que forme prósperos e novos horizontes para todos.


Nota do Editor: Francisco Américo Cassano é professor Pesquisador dos temas Internacionalização de Empresas e Relações e Negócios Internacionais na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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