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Medicina e Saúde
04/09/2016 - 06h30
Superar os limites é essencial, mas sem riscos
 
 
Síndrome do Excesso de Treinamento (SET) pode ser crucial à saúde cardiovascular dos atletas, principalmente dos portadores de deficiência

Do dia 7 a 18 deste mês, o Brasil realizará os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. Atletas de diversos países e nacionalidades disputarão medalhas nas mais variadas modalidades.

Embora a prática esportiva seja importante para a saúde, são fundamentais os cuidados e métodos preventivos, principalmente os que dizem respeito ao coração, pois propiciam mais segurança ao atleta profissional ou amador na prática de suas atividades físicas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam 17,5 milhões de pessoas por ano. Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil, todos os dias. Em média, uma morte ocorre a cada minuto e meio.

Diante desse quadro, cada vez mais, é importante que sejam tomadas medidas preventivas e a conscientização sobre práticas degenerativas, reduzindo-se assim a incidência do número de mortes por doenças cardiovasculares.

Segundo o cardiologista e presidente da Regional ABCDM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Rogério Krakauer, independentemente da nacionalidade, condições sociais e culturais, gênero, dentre outros fatores, as doenças cardiovasculares, de maneira geral, acometem pessoas que acumulam fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides alto, tabagismo, apneia do sono, obesidade, sedentarismo, antecedentes familiares de doenças cardíacas e abuso na intensidade da realização de exercícios e treinamentos físicos.

O médico ressalta que, na tentativa de chegar ao ápice, superando metas, alguns atletas profissionais ou amadores tendem a exagerar, o que pode ser prejudicial à saúde.

"Muitos atletas, principalmente paralímpicos, desenvolvem a chamada Síndrome do Excesso de Treinamento (SET), que ocorre quando o indivíduo desenvolve várias alterações fisiológicas e anatômicas, lesões no músculo cardíaco, batimentos cardíacos elevados ou irregulares, mesmo em repouso, um crescimento anormal do tamanho do coração, cansaço exagerado e insônia, devido ao excesso de treino".

O cardiologista é enfático quando afirma que, para reduzir os riscos cardiovasculares, as pessoas que praticam esportes, principalmente os portadores de alguma deficiência física, devem preocupar-se com o peso, alimentação, sono e praticar atividades físicas regulares, mas sem excesso.

"As atividades mais indicadas são aquelas que permitem um aumento progressivo da frequência cardíaca, até atingir 60% a 85% da frequência cardíaca máxima, determinada pela idade ou por exames, como o teste ergométrico em esteira ou bicicleta, por exemplo. A frequência média deve ser de 5 a 7 vezes por semana. Os portadores de deficiências físicas, a exemplo do que vemos na Paralimpíada, têm condições, adaptando os exercícios, de atingir essas metas, sendo vitoriosos e ao mesmo tempo saudáveis”.

A diretora do Departamento de Educação Física da SOCESP, Camila Jordão, ressalta que, a adaptação de certos aparelhos ou jogos à determinada deficiência possibilita a prática esportiva saudável, atuando na redução do sedentarismo e de outros fatores de risco cardiovasculares. "Um bom exemplo pode ser observado nos jogos paralímpicos, nos quais os esportes são adaptados às deficiências, e os atletas acabam tendo um desempenho até maior do que indivíduos sem deficiência”. Ela afirma que, longe do coitadismo e descrédito imposto por algumas pessoas, os atletas paralímpicos são capazes de realizar grandes performances.

"Os portadores de deficiência devem fazer uma avaliação médica para diagnosticar possíveis fatores de risco ou doenças cardiovasculares que possam limitar a intensidade do exercício. Para a prescrição de atividades aeróbias é importante que seja realizada uma avaliação cardiopulmonar máxima, de preferência com o ergômetro que será realizada a atividade física, o que individualizará a prescrição. O que devemos ter em mente é que adaptar o tipo de atividade à rotina e a deficiência do indivíduo é de extrema importância para minimizarmos os obstáculos diários, pois a atividade física é importante para a qualidade de vida de todos”.

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