Estes dois itens fazem a cabeça de qualquer eleitor. Do mais consciente ao mais necessitado. Quem não quer e quem não precisa? Cabe ao poder público planejar, desenvolver, programar e implementar políticas de desenvolvimento econômico, utilizando-se, para tanto, de todos os meios de que dispõe. Assim, somos testemunhas de verdadeiras batalhas interestaduais e municipais, disputando sedes e filiais de empresas de todos os setores econômicos. Indústrias, comércios e serviços. Os objetivos de criação de empregos e renda, justificam uma lista, muitas vezes, interminável de incentivos de toda ordem. De doação de áreas, facilidades de licenciamentos, isenções fiscais temporárias etc. São na verdade "investimentos" públicos em busca do desenvolvimento econômico local. Estas histórias tornaram-se tão corriqueiras na mídia que já nem mesmo chamam nossa atenção. Ubatuba, na contramão da lógica, sem inovação, sem ao menos "copiar" o que está dando certo, está inerte há muitos anos, aguardando pela sua vocação. O turismo. Ter vocação, não significa ter o segmento econômico tão desejado por quem não tem. Não. Não se torna um DESTINO Turístico, apenas querendo ou, com sempre os mal informados propõe, fazendo "eventos", muito menos propondo, simplesmente "divulgação". Estes predicados poderão ser deixados para discussão em outra oportunidade. No momento, gostaria de insistir na crítica da inércia do poder público na aplicação de políticas econômicas desenvolvimentistas. A prefeitura é hoje é a maior empregadora do município. Há limitação do crescimento do seu quadro de funcionários, pela proporção orçamentária, por ordem legal. O possível crescimento do quadro funcional está diretamente ligado à arrecadação. Como a arrecadação é fundamentada em um único imposto, só poderá ocorrer (aumento do funcionalismo) mediante o AUMENTO DO IPTU, ou do crescimento imobiliário, construindo-se mais e mais, em áreas que já não temos. Este tipo de crescimento não garante crescimento proporcional da arrecadação. O nosso IPTU "um dos mais altos do Brasil" está ficando impagável, na medida da estagnação da nossa raquítica economia. Os índices de inadimplência, não baixam, pelo contrário, tenderão a subir, mesmo com as inoportunas e indelicadas ameaças de leilão, feitas aos estarrecidos devedores. Munícipes devedores sim, mas a grande maioria, devido a real impossibilidade do pagamento. Não há emprego. Não há renda. Muitos, ou comem ou pagam IPTU. Poderia formular uma frase para cada um dos segmentos. Todos, muitos insatisfeitos pela falta de oportunidades, pelo marasmo que entramos em cada baixa temporada, cada ano mais difícil e mais pobre. Qual a política mais insensata? A mais fácil? A que se justifica? Dar apenas doses, na medida da altura do "grito" de quem pede? Qual a moeda? Uma licença para carrinho? Uma para ambulante? Mais barraquinhas? Mais churrasquinhos de coalho? Insensatez, inércia, má vontade ou incapacidade? Esperamos e ansiamos que esta nova administração que se propõe ao resgate, se proponha "ao fazer". Se proponha a ousar. Se proponha ir muito além das conversinhas ao pé do ouvido para beneficio de poucos. Esta é a esperança de todos. De todos que creram no resgate e, de todos os demais que a ele aderiram. Estas esperanças, não se enganem não se contentam com meias-medidas. Para finalizar este longo texto, quero novamente defender e afirmar que a COMTUR, não veio para cobrar estacionamento com cordinhas que sobem e descem, muito menos para ser utilizada em falcatruas ou em favores pessoais ou políticos. Estes desserviços pertencem ao passado. Vamos defender uma total renovação no processo decisório da COMTUR. Vamos defender uma administração deliberativa, regida pelo Conselho Municipal. Assim ela poderá, finalmente, mostrar a que veio e, ser a principal ferramenta do desenvolvimento econômico do município, dirigida e fiscalizada pela representatividade dos munícipes, uma criadora de empregos e geradora de renda. Empregos e renda perenes e qualificados. Dignos e proporcionais a um destino turístico. Não se enganem, nem aceitem menos. A estrada pode ser longa e os caminhos conturbados, mas estamos acostumados às dificuldades e maldições e, com certeza chegaremos lá.
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