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Opinião
10/09/2016 - 07h49
Agrointeligência: o futuro do café
Valéria Vilela
 
O café é um alimento e produzir com sustentabilidade é o desafio e as novas tecnologias vão ajudar a melhorar a qualidade na lavoura para atender as exigências do consumidor na xícara

Agrointeligencia é o uso das tecnologias e descobertas científicas a serviço da produção de alimentos. A imagem do produtor rural de chapéu e enxada já não retrata mais a realidade do trabalhador do campo. Mesmo em locais mais distantes dos centros industrializados o celular tem sido o grande aliado do agronegócio.

Os aplicativos são usados para melhorar e dar maior precisão ao dia rural, é também a forma encontrada pelos grandes produtores para otimizar e melhorar a administração de cuidados e tratos culturais. Os produtores têm as demandas, as empresas querem vender os equipamentos, e as universidades e academias produzem conhecimento. É urgente no Brasil unir as três cadeias para termos uma lavoura cafeeira mais sintonizada com o consumidor final de café. Precisamos levar ao comprador do cafezinho no exterior o máximo de dados sobre como produzimos nas nossas lavouras. Os cuidados com os grãos, o respeito a natureza e qualidade de vida que os trabalhadores das lavouras de café recebem precisam ser divulgados agregando valores aos grãos.

Há um papel estratégico dos produtores de alimentos para os próximos anos, o futuro da cafeicultura precisa ser pensado agora. O que vai fazer a diferença será como aplicamos na cadeia da cafeicultura a tecnologia agrícola existente. A FAO – o braço da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – fez duras criticas a países como México que para produzir alimentos tem cometido erros como a falta de inovação e transferência de tecnologias para pequenos produtores, além de assistência técnica com inclusão social. Críticas que os cafeicultores precisam evitar com o uso da agro inteligência associada a políticas de preços, o que se faz urgente e imprescindível é a agilidade nos processos de informação.

De forma simplificada, a sustentabilidade é um dos braços da agro inteligência aplicada no campo, já que o atendimento das necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação das gerações futuras passa pelas tecnologias e pela ciência. Sempre observando os aspectos sociais, ambientais e econômicos, os cafeicultores também têm ao longo da história incentivando a longevidade da atividade cafeeira com práticas ambientais.

O Brasil é o maior produtor e exportador e segundo consumidor de café do mundo. O café é produzido em 14 estados da Federação, possui atualmente uma área plantada de 2,3 milhões de hectares, com aproximadamente 6 bilhões de pés, está presente em cerca de 1.900 municípios e emprega direta e indiretamente aproximadamente 8,4 milhões de trabalhadores. Entre os países produtores de café, o Brasil é o que se encontra em relevante posição quanto ao conceito de sustentabilidade.

Os cafeicultores familiares representam 80% das propriedades com trabalhadores que cumprem as normas que abrangem o uso correto e seguro de produtos fitossanitários, proibição do emprego de trabalho infantil, segurança e direitos do trabalhador, reciclagem de embalagens de produtos químicos, uso correto de água para irrigação e limites para desmatamento.

Assim para uma cafeicultura agrointeligente se faz necessário práticas de sustentabilidade usando tecnologias sem afetar custos. Com relação a investimentos em infraestrutura que tragam impactos na rentabilidade das famílias dos produtores de café. Bem como uma cafeicultura agrointeligente que garanta preços mínimos e competitividade nos mercados interno e externo. Os aspectos sociais e ambientais dependem diretamente da situação econômica da atividade. Por isso, a renda do setor cafeeiro está diretamente ligada a velocidade com que as novas descobertas são aplicadas nas lavouras de modo a minimizar os impactos do clima.


Nota do Editor: Valéria Vilela é jornalista especializada no agronegócio com ênfase no mercado de café.

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