Gratifica-se aos que sobrevoam perplexos entre céus e nuvens, a procura do belo e do inusitado poder da criação da arte. Aos que sintam teóricos e práticos ao poetizarem numa das maravilhas do fazer divino da criação artística. É notório saber que, devem se sentir videntes, ora bruxos ou simplesmente mágicos: mensageiros do raro, do sublime e do arquétipo integrante dos ícaros que pairam sobre templos e tempos desacordados. Ativarem sempre os sinônimos da poética e das maravilhas dos ícones, transformando em realidades. Olhos fitando formas, gerando marcas, que perpetuam ao longo de décadas, contemplando formas das sementes e frutos cultivadas no ritual artístico e desvendando os estilos de cada fase histórica. Deslumbramento que varam séculos e ultrapassam fronteiras, onde os artistas procuram descobrir caminhos que o levam a encontrar a fertilidade de gerar as estampas das suas imaginações. Indenizam-se também aqueles que por ventura, procuram a fonte de inspiração e derramam os efeitos magistrais da contemplação e da curiosidade nos olhares de quem curte os instantes magistrais da exposição da arte. Remuneram-se bem, ao dom das palavras declamadas pelo poeta, obra manipulada pelo escultor, canto composto com músicas em louvor aos deuses e à alma, pintor que espalha a tinta na bi dimensão: que nem um caleidoscópio quando observado através do olhar. Prolaboram-se também os que ventilam e amenizam com a brisa, o calor do poder da criação que escandece nas veias da poética do sonhador: espírito, divino e santo. Premiam-se os que desvendam a fidelidade da arte com o belo, os efeitos ilustrativos da alma, a supremacia dos que realizam os mistérios que contemplamos e os améns que fecham aspas nas entrelinhas da autoestima. São aceitos aqueles que sejam práticos e teóricos, esculpindo palavras, desvendando formas, pintando versos e criando caso com suas imaginações, ao som do silêncio concentrado. Lembrem-se, a arte é a metamorfose do belo, encontro entre teoria e prática, gestação na questão de tempo, parindo para adoção dos olhos a quem possa interessar.