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Opinião
17/09/2016 - 07h53
Mercado Cinza de games
João Mendes
 
Qual a verdadeira raiz do problema?

Muitos acreditam que a pirataria ainda é o maior mal que aflige a indústria de games no Brasil. Entretanto isso já não é uma verdade. O maior mal da atualidade pode ser considerado o famoso “Mercado Cinza”. Um problema que afeta não só a indústria, mas a própria cultura gamer.

Para os que não estão familiarizados com o termo, Mercado Cinza é aquele que se utiliza de produtos originais na venda, porém advindos de formas irregulares. Por vezes a compra é legal, feita em outro país, por exemplo, onde o valor é menor, ou às vezes o produto advém de roubos. A mercadoria então é vendida a um preço muito mais baixo do que o de mercado, geralmente online.

Os preços praticados no Mercado Cinza são sempre muito menores por um motivo muito simples, não há taxação de impostos em cima do produto. Isso faz com que a concorrência seja desleal para com as vendedoras de títulos originais e legalizados.

A consequência dessa venda é que a margem de lucro do vendedor ilegal pode ser muito maior, mesmo mantendo o preço do jogo muito menor. Um dado curioso é que isso vale inclusive para jogos indie, e não só para o mercado mainstream.

Mas onde está a verdadeira raiz do problema? Bem, apesar de ser uma prática ilegal, e indefensável, a verdadeira raiz do problema está em todos os empecilhos colocados pelo próprio governo para apoiar e auxiliar o mercado de jogos no país.

Atualmente somos o 5º maior mercado consumidor de jogos do mundo, e o maior da América Latina, porém o governo já deixou claro que não está aberto a discussões sobre melhorar as taxações que envolvem o mercado de jogos. Além dos preços altos, esses obstáculos também oferecem muita resistência aos lançamentos simultâneos dentro e fora do país.

Apesar de já termos evoluído muito nisso, inclusive com incentivos a dublagem e tradução completa dos jogos para o português, na maior parte do tempo o governo brasileiro se mantém alheio e fechado para uma importante fonte de disseminação de cultura e giro de capital.

Atitudes como essa incentivam mais e mais o crime. Tanto por revolta, quanto por falta de alternativas por parte de alguns jogadores, que não podem pagar pelo ticket médio atual. Isso desestimula o mercado, e incentiva a criminalidade.

A cultura gamer sofre com isso. O consumidor casual sofre com isso, e as empresas que investem em jogos, também. Só quem ganha é o criminoso. Isso mostra como está na hora de rever alguns conceitos.


Nota do Editor: João Mendes é Diretor de Operações da UZ Games (www.uzgames.com.br).

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