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Opinião
18/09/2016 - 05h23
O Brasil e a ópera bufa
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A cena política brasileira, infelizmente, se transforma numa ópera bufa. Durante todo o processo de impeachment, a presidente penalizada e seus seguidores denunciaram ao mundo a existência de um “golpe” e, mesmo advertidos de que ocorria apenas uma ação constitucional, não houve que os impedisse de continuar o alarde falso. Agora, o ex-presidente Lula, ao ser colocado pelos procuradores da Operação Lava Jato como chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras, reage num longo e choroso discurso para militantes, onde se compara a Jesus Cristo, Tiradentes e Getúlio Vargas e, mais uma vez, fala em “golpe”.

A paciência nacional está esgotada com tanta pirotecnia. Independente da opinião de cada indivíduo, o que o povo quer é solução para seus problemas, pouco se importando com as razões de uns e outros dentro da cena política. Ao mesmo tempo em que uns defendem, outros pedem cadeia para o ex-presidente e todo o seu séqüito. As redes sociais “fervem” num debate que chega às raias do absurdo e sugerem o confronto.

O cidadão comum, no entanto, quer apenas a solução para a crise e oportunidade de trabalho, educação, previdência social, segurança e outros bens que lhes são devidos pela estrutura da sociedade organizada. Esse indivíduo deveria ser poupado do embate, que serve apenas para indigná-lo e adicionar pessimismo ao seu dia-a-dia.

Seria uma glória para a nação se todos os políticos fossem honestos e até que o próprio Lula e outros hoje acusados pudessem provar honestidade. No entanto, temos uma série de malfeitos revelados e entregues à apuração. Toda a população – exceto os envolvidos – espera que haja a mais severa e justa apuração e que cada um seja penalizado na medida exata de sua culpa, dolo e envolvimento. Nem mais, nem menos. O povo quer apenas isso e nem faz questão de culpar ou inocentar os envolvidos. O que todos querem é punir o crime.

O Brasil precisa da justiça, com a venda nos olhos na exata forma de sua representação na deusa Têmis, para ver e decidir apenas sobre o cometido, sem se preocupar em saber quem é e quais as relações sociais, econômicas e de poder do cometedor. E que essa ação se processe com a devida rapidez para evitar a perenidade do mal. Se Lula deve, prove-o e aplique-lhe as penas cabíveis. A ele e a todos os devedores. Se não, deixem-nos em paz. Por fim, quanto ao ex-presidente, ele precisa acautelar-se ao escolher seus paradigmas. Não esquecer que os três citados – Jesus, Tiradentes e Vargas – restaram mortos de suas contendas...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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