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Opinião
04/10/2016 - 06h02
O recado das urnas
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A eleição de João Dória Junior à Prefeitura de São Paulo, já no primeiro turno, merece séria reflexão do atual sistema político. Demonstra que o povo da maior cidade do país, pela vontade de mudar, resolveu tomar as rédeas do poder e deixou de ouvir aqueles que insistem falar em seu nome. Bem analisado, o resultado paulistano é mais do que a simples e carcomida luta entre esquerda e direita. O eleitor, que nem sempre entende o que é ser de um lado ou do outro, e nem se interessa por isso, preferiu depositar sua esperança em propostas para a solução dos problemas que vive. A proposta de melhor gerir os recursos públicos para com eles se prestar mais serviços, especialmente na Saúde e na Educação, por certo teve um peso grande na decisão do voto. Da mesma forma, que a promessa de que o novo governo não terá o malfadado loteamento de cargos em troca de votos parlamentares ou de apoio de grupos de pressão.

O desejo de mudança está carimbado nos resultados das urnas de norte a sul e de leste a oeste do país. O povo, entre outras coisas, quis dizer que não quer mais governos aparelhados por militantes políticos ou apadrinhados de parlamentares. Dória e todos os prefeitos eleitos nesse 2 de outubro – e aqueles que resultarem escolhidos no segundo turno – terão de ouvir essa potente voz que vem do eleitorado. O segundo turno é uma nova eleição, oportunidade adicional para fazer ao povo propostas de trabalho sinceras e executáveis, que levem em consideração que o eleitor de hoje lê jornais e tem canais para receber, analisar e discutir aquilo que lhe é dito. Acima de partidos e ideologias, é preciso propostas, compromissos sérios. Prefeitos são eleitos para administrar e vereadores têm a missão de legislar e fiscalizar as ações do governo sem dele fazer parte ou ter interesses que possam tolher seus deveres de eleição.

Passado o período eleitoral, a atenção certamente cairá sobre as ações do governo do presidente Michel Temer, recém empossado em caráter definitivo. Ele tem a grande e espinhosa tarefa de recolocar o país nos trilhos. Os novos prefeitos e vereadores devem se preparar para responder aos desafios dos novos tempos. E aquela legião de filhotes da coalizão – cabos eleitorais, parentes, amigos e assemelhados – devem se preparar para encarar o mercado de trabalho da mesma forma que fazem todos os demais brasileiros. Há de se entender que a administração pública carece de eficiência e possui poucos recursos diante das necessidades colocadas à sua frente. O gestor público precisa encontrar meios e formas de atender às demandas, e já está provado que do jeito que se fez nos últimos tempos não é o mais indicado. As práticas que nos levaram à crise têm de ser eliminadas definitivamente.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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