O inverno se aproxima e com ele chega a necessidade de maior intensificação dos cuidados com a pele, principalmente para aquelas pessoas que acreditam que a proteção solar, nesse período é dispensável. Além disso, há quem busque, oportunamente, o rejuvenescimento e uma aparência mais saudável. Este é o momento de recorrer aos vários métodos de peelings, procedimento terapêutico que renova a epiderme nos diversos níveis de sua estratificação, com previsibilidade, seguido de cicatrização ideal. Um dos métodos mais eficazes e conhecidos é o peeling Químico, subdivididos em:

Peeling Químico Superficial - determina uma aplicação sucessiva que pode variar de 7 dias a 1 mês; não necessita de nenhum tipo de anestesia; as complicações médicas são raras e tem indicação nas peles com Acne, manchas leves e envelhecimento discretíssimo, que pode ocorrer já a partir dos 30 anos. Novidade nessa área é o método Melanin Care que utilizo na Clínica.

Peeling Químico Médio - de aplicação semestral, pode necessitar de anestesia, dependendo da tolerabilidade à dor de cada um. As complicações do método são também raras, mas pode haver um aumento mais pronunciado das manchas ou vermelhidão prolongada da pele. Aquelas peles que apresentam um envelhecimento mais pronunciado, com sardas e manchas se beneficiam muito com esse tipo.

Peeling Químico Profundo - Sempre efetuado sob sedação geral ou local, é mais indicado para peles bem claras e que tenham um grau acentuado de envelhecimento e manchas, a partir dos 50 a 60 anos. O ideal é que seja feito com monitoração cardíaca pelas possíveis complicações com a absorção da substância que é utilizada sob oclusão: o Fenol. É aplicado sobre a pele e deixado de 24 a 48 horas. Após o que é removido, havendo inchaço e eliminação importante de líquidos pela pele, seguidos por formação de uma crosta grossa e marrom que terá seu destacamento total em média de 15 dias.

O uso do protetor solar é imprescindível durante o peeling e também nos dias frios, já que é a principal forma de prevenir o surgimento do Câncer de pele. Faz parte a rotina diária de beleza, sendo um hábito saudável que retarda o envelhecimento. Evitar excessiva exposição solar é fundamental para a precaução, pois a radiação ultravioleta do sol, além de alterar o código genético das células, inibe mecanismos de defesa que nos protegem contra o Câncer de pele.

Algumas das características do envelhecimento cutâneo, como as "casquinhas" e "asperezas" que aparecem com a idade são lesões que podem se transformar em câncer de pele tipo Melanoma. Se descoberto precocemente pode ser facilmente tratado, mas em estágios mais adiantados, pode resultar em metástases em outras áreas do corpo. Nesse estágio, o tratamento é muito mais difícil e, às vezes, fatal.

As pessoas com maior risco de desenvolver esta doença são as que têm histórico de Melanoma na família ou caso reincidente; apresentam pintas que mudam suas características, simetria e bordas; pele clara, cabelos louros e olhos claros; se expuseram ao sol quando criança ou adolescente e tiveram muitas descamações de pele ou têm ocupações diárias ou recreações com super exposição solar. Lembramos que em questão de saúde e beleza da pele, não existe mágica e sim tecnologia e cientificidade adequadas a cada pessoa. Somente o médico dermatologista, profissional de sua total confiança e admiração pode ser o responsável pela melhor indicação, realização e seguimento do seu tratamento em busca da juventude e do diagnóstico precoce.

Nota do Editor: A Profª Drª Ana Cristina Fasanella é Cirurgiã Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Cirúrgia Dermatólogica e do Grupo Brasileiro de Melanoma.