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Opinião
18/10/2016 - 05h53
Prender ou não prender, questão do Judiciário...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O boato de que o ex-presidente Lula seria preso nesta segunda-feira mobilizou aqueles que ainda o apoiam, mas não aconteceu nada do que foi espalhado pelas redes sociais. Atitudes dessa natureza não servem para nada. Nem para a defesa do ex-governante. Constituem a mobilização irresponsável de militantes e a exposição deles próprios e da comunidade a riscos desnecessários. Deveriam as autoridades apurar a origem da falsa notícia e responsabilizar o seu autor – ou autores – por falsa notícia e por incitação contra a ordem pública.

A questão de Lula e de todos os que têm seus nomes envolvidos em denúncias de cometimento de irregularidades é judicial. Todos – tanto os favoráveis quanto os contrários à prisão – devem aguardar o andamento das investigações, torcer para que elas sejam as mais isentas possíveis e, com base nas suas conclusões, a Justiça se pronuncie. Não há porque condenar ou absolver previamente ou forçar os acontecimentos através de atos públicos. O que tem de prevalecer no momento em que as questões estão entregues à Justiça é a coleta de provas e o exercício da ampla defesa dos acusados. Não há mobilização popular capaz de mudar os fatos e as consequências.

Perdem tempo os que ficam repetindo acusações e pedindo a prisão de Lula, Dilma e de outros e, da mesma forma, nada significam os que os defendem nas redes sociais. Quem tiver acusações concretas a fazer, que as encaminhe à Polícia e ao Ministério Público, e os que possuírem elementos de defesa, que os canalizem para os órgãos competentes, se puderem, para dentro dos respectivos processos. Fora disso, nada tem validade, mas pode levar a incidentes e a perturbações da ordem, com prejuízo para o conjunto da sociedade. O Brasil vive a grande crise econômica e dela precisa sair. Isso só se conseguirá dentro de uma sociedade pacificada e em condições de trabalhar e produzir. Ativismos exacerbados e desobediência civil só servirão para atrasar as soluções.

O cidadão comum nada pode fazer para melhorar ou piorar a situação dos políticos, empresários e outros envolvidos nos rumorosos processos de apuração de desmandos e corrupção. Tudo isso está em apuração pelos órgãos institucionais e chegará a uma conclusão no devido tempo. Mobilizar as ruas a favor ou contra decisões judiciais resultantes de apurações, provas e do devido processo legal, é uma irresponsabilidade. Pensem nisso: há coisas mais importante para se fazer do que “condenar” ou “absolver” Lula. Isso é atribuição do Poder Judiciário e não depende do povo. O povo só pode interferir de verdade quando é chamado a votar, nas eleições...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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