Quando detectados e tratados em seu estágio inicial, 95% dos casos de câncer de mama resultam no restabelecimento completo da paciente. A fim de conscientizar as mulheres sobre a necessidade de realização periódica de exames e difundir conhecimento sobre esse mal, é realizada neste mês a campanha Outubro Rosa.

Segundo a doutora Aline Garrido Cardoso, ginecologista do Doutor Especialista, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados. “Alimentação saudável aliada à prática de atividades físicas ajudam no controle peso, redução dos casos de obesidade, que é um fator importante para a prevenção, principalmente após a menopausa. A prática da amamentação reduz a possibilidade de ocorrência de tumores nos seios. Também é fundamental evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo”, diz.

A especialista afirma que 5 a 10% dos casos têm ligação com fatores genéticos. “Os cuidados devem ser redobrados quando há histórico de casos de câncer de mama ou de ovários na família, particularmente quando ocorreram antes dos 50 anos de idade. Para essas mulheres, a realização do exame das mamas por um especialista e da mamografia deve ser mais frequente. A intenção é que a ocorrência de um nódulo seja detectada no início, o que favorece significativamente o tratamento”.

A maior parte dos casos de detecção de câncer de mama ocorre no autoexame, porém são alterações avançadas. “É importante que a mulher conheça seu corpo e, sempre que se sentir à vontade, verifique se há alguma anormalidade, principalmente o surgimento de caroços nos seios, nas axilas ou no pescoço, assim como alterações nos mamilos e na coloração da pele”. Mas, segundo a especialista, o autoexame deve ser acompanhado da realização da mamografia, principalmente a partir dos 50 anos de idade, quando deve ocorrer, no mínimo, a cada dois anos. “A mamografia permite a identificação de tumores em seu estágio inicial, o que, com o tratamento, eleva consideravelmente as chances de cura”, afirma.

Apesar de sua importância, o exame é evitado por muitas mulheres. “Existe o medo tanto do resultado quanto do exame em si. O importante é que as mulheres se conscientizem de que a detecção de um tumor em seu estágio inicial é importante para que o tratamento tenha êxito e isso só é possível com a mamografia”, recomenda Aline.