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Medicina e Saúde
29/12/2016 - 06h44
Pele bronzeada e saúde: uma combinação impossível
Annia Cordeiro Lourenço
 

Pele bronzeada é sinônimo de pele queimada pelo sol, ou seja, danificada pela exposição solar e suscetível a envelhecimento precoce, manchas e, até mesmo, câncer. O sol estimula a produção de enzimas destruidoras do colágeno, o que acelera o processo de envelhecimento. Além disso, os raios levam também à mutação do DNA, o que pode causar o câncer de pele.

Sendo assim, se bronzear é totalmente contraindicado, mesmo que seja usando protetor solar. Não é possível pegar uma cor usando filtro solar adequadamente. Se a pele ficar morena significa que houve queimadura, ou seja, a proteção não foi efetiva e a pessoa está suscetível a todos os riscos que a exposição solar sem proteção traz – tanto para o momento quanto para o futuro.

Por mais que a nossa cultura valorize o bronzeado, é preciso priorizar a saúde. Não é possível proteger a pele dos danos causados pelos raios solares e, ao mesmo tempo, ficar com a pele morena. Levando em consideração os riscos que o sol representa, a minha recomendação é que cada um a mantenha seu próprio tom de pele. Além do envelhecimento precoce e do risco do câncer de pele, a exposição ao sol sem proteção pode provocar manchas em todo o corpo.

Há alguns anos, a ANVISA proibiu o uso de camas de bronzeamento artificial devido aos riscos de câncer de pele. Eles podem ser ainda mais prejudiciais à pele do que a própria exposição ao sol sem proteção. Ele aumenta – e muito – os riscos do desenvolvimento de câncer de pele.

Uma opção que é bastante utilizada são os autobronzeadores, cosméticos que promovem uma oxidação da camada de pele morta, o que resulta em uma cor semelhante ao do bronzeado. Apesar de não penetrar nas camadas mais profundas da pele e não estimular a produção de melanina, estudos recentes mostram efeitos colaterais do uso desses produtos.

Descobriu-se que os autobronzeadores, quando usados com muita frequência, também envelhecem a pele – mas menos que a exposição solar –, pois estimulam uma reação química chamada de glicação, que está relacionada ao processo de envelhecimento. O mesmo aplica-se aos bronzeamentos a jato, já que são usadas substâncias semelhantes para escurecer a pele.

Entre as opções disponíveis no mercado, as formas mais segura de escurecer a pele são as pílulas de caroteno, que uniformizam o tom da pele com uma sensação de bronzeado. Ele protege contra a penetração dos raios solares, impedindo parte da ação deles. Entretanto, esses produtos não substituem o protetor solar.

Existe uma cápsula disponível no mercado que tem efeito antioxidante e que age como um filtro solar “de tomar”. Entretanto, deve ser utilizada com a orientação de um especialista.

Acima de tudo, o mais importante é cuidar da saúde da pele. Desejar ter uma cor sem pensar nos riscos para o futuro é imprudente. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2030 existirá 27 milhões de novos casos de câncer. Não faça parte desta estatística.


Nota do Editor: Annia Cordeiro é médica dermatologista e diretora da Clínica da Pele Annia Cordeiro (www.annia.med.br), de Curitiba (PR).

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