Saiba como abrandar a ressaca
Se o excesso já está feito, o mais importante é cuidar das consequências. Dor de cabeça, enjoo, olheiras e mal estar são alguns dos sintomas de quem exagera no consumo de álcool e no dia seguinte acorda com ressaca. Com o Fim do Ano, as festas, confraternizações e eventos são frequentes. É quase impossível fugir dos excessos, tanto nos pratos ou nas bebidas alcoólicas. E quem exagera no álcool passa, posteriormente, pela tão famosa e temida “ressaca”. Para acabar com o mal-estar, a sabedoria popular recomenda remédios, receitas milagrosas e até mesmo simpatias, quase todas ineficazes. Muitas vezes, inclusive, os métodos podem até agravar o incômodo. Mas, de acordo com a equipe de Hepatologia do Hospital Geral da Santa Casa do Rio de Janeiro, é possível pelo menos abrandar a situação. Para o médico e professor Claudio de Figueiredo Mendes, Chefe do Serviço de Hepatologia da instituição, o cenário ideal é quando a pessoa não esquece da moderação, mesmo durante as celebrações. “Antes de mais nada, é preciso entender que todo exagero pode ser prejudicial ao organismo. O ideal é manter o equilíbrio, mas sabemos que na época das Festas as pessoas costumam ‘relaxar’ na alimentação e na quantidade de bebida alcoólica consumida”, afirma. - Hidratação: quando o “enfiar o pé na jaca” for inevitável, o mal estar do dia seguinte pode ser abrandado com algumas atitudes simples, segundo o médico. “Se o excesso já está feito, o mais importante é cuidar das consequências (o sintomático). Dor de cabeça, enjoo, olheiras e mal estar são alguns dos sintomas de quem exagera no consumo de álcool e no dia seguinte acorda com ressaca. Para aliviar o processo, não existe milagre. É necessária a hidratação”, diz o médico que explica a necessidade de repor líquidos depois do exagero nas bebidas. “O álcool tem função diurética, ou seja, estimula a eliminação de água do corpo, (mesmo que haja pouca água no sangue)”, diz. “É preciso repor o líquido que o organismo perdeu. Logo, o copo d’água é um dos ‘melhores amigos’ de quem sofre com a ressaca. É preciso tomar muita água antes, durante e depois de beber para evitar a desidratação. (Também é necessário repor eletrólitos, como sódio e potássio. Bebidas isotônicas têm eletrólitos, então podem ajudar)”. - Descanso: Evitar o agito no dia seguinte também é essencial. “O álcool tem efeitos que demoram para ser metabolizados, então o ideal é ficar em repouso durante o mal-estar”, ressalta o médico. - Cuidado com os “mitos”: O especialista também faz um alerta sobre as “receitas caseiras” que existem. “Tem sempre um amigo que tem a ‘cura para a ressaca’. Mas isso não existe. Não há medicação para proteger o fígado de quem vai beber. Os remédios e flaconetes existentes no mercado podem até tratar alguns sintomas no dia seguinte à bebedeira, mas não têm resultados concretos que interrompam o processo de absorção do álcool”. Outra “lenda urbana” existente é a história de que uma refeição pesada antes de beber evita o processo de intoxicação. “Não adianta comer antes de beber com objetivo de ‘forrar o organismo. Isso não existe. Estômago cheio não protege o fígado dos efeitos do álcool”, afirma. - Alimentação: O Dr. Cláudio ainda lembra que a alimentação pesada, além de não ajudar em nada na saúde, pode prejudicar os sintomas da ressaca. “Alimentação pesada só aumenta o mal-estar. É preciso evitar alimentos com muita gordura e açúcar. Durante as festas, a pessoa deve dar preferência para alimentos mais frescos, a alimentação deve ser a mais saudável possível. Sucos, saladas e frutas ajudam a repor vitaminas perdidas”.
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