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Opinião
11/01/2017 - 06h58
A internet, as eleições e a guerra
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Quem ainda não considera a internet e outras redes de computadores como algo importante e perigoso, precisa reformar seus conceitos. As investigações que se desenvolvem nos Estados Unidos apontam que hackers a serviço da Rússia interferiram no processo eleitoral norte-americano, prejudicando a candidatura de Hillary Clinton e beneficiando Ronald Trump, que assume a presidência no próximo dia 20. Essa constatação está levando os políticos da Alemanha a temerem a possibilidade de o mesmo ocorrer nas eleições que definirão o novo governo daquele país. Também se fala em ataques aos computadores do Pentágono, do Departamento de Estado e na proliferação de malweres (programa invasor nocivo) em redes estratégicas cujo mau funcionamento pode trazer o caos. Os ataques antes executados com tropas, aviões, tanques e foguetes da guerra convencional, hoje podem ocorrer silenciosamente e com a possibilidade de letalidade ainda maior.

O computador, pela sua versatilidade, assumiu o lugar dos equipamentos que antes funcionavam de forma estática e carente de mão-de-obra operacional presente. Hoje, um simples apertar de botão a milhares de quilômetros pode mudar a operação de estações de força, alimentar equipamentos militares e transformar toda a realidade. Pode, inclusive, provocar o começo de uma guerra, tornando real a futurologia que décadas atrás só existia na tela do cinema. É aí que mora o perigo. A guerra deixou de ser convencional e tende a acontecer via internet ou similares. Isso exige que as grandes potências e centros do saber tecnológico busquem regulamentação eficiente e legislação rígida para evitar o mau uso. A internet e suas similares são onipresentes e isso pode fragilizar a segurança mundial.

Do ponto de vista pessoal, nós, brasileiros, já vimos o peso da internet desde a convocação dos “rolezinhos” onde os jovens da periferia se reúnem e fazem festas indesejadas em shoppings e outros pontos elegantes. Também verificamos dúvidas sobre as últimas eleições presidenciais e a interferência da rede, e presenciamos a convocação de militantes pró e contra o impeachment, entre outras coisas. Isso sem falar dos ataques pessoais entre usuários, muitos deles desconhecidos do público.

Com todo esse poder de mobilização e instantaneidade – tanto para o bem quanto para o mal – a rede é algo que carece de todo cuidado para dela tirarmos apenas o bem e não sermos atingidos pelo mal. É inevitável que, as próximas eleições brasileiras, em 2018, também sejamos alvo dos hackers que, mesmo não sendo os russos que supostamente ajudaram a Donald Trump, poderão nos causar dificuldades. É preciso muito cuidado para evitar que o fantástico meio de comunicação, criado para o bem, seja usado com sucesso para fazer o mal. O avanço do mundo torna cada dia mais atual a frase atribuída ao terceiro presidente americano Thomas Jefferson (1801-1809) e repetida sistematicamente: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Vigiemos, então...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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