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Opinião
18/01/2017 - 06h21
A reorganização do Estado e da política
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O ano começa com muitos desafios e incertezas. Uma delas é de como o novo governo dos Estados Unidos, presidido pelo polêmico Donald Trump, poderá alterar as relações daquele país com o mundo. No Brasil ainda vivemos a ressaca do impeachment, com o governo propondo mudanças, o PT tentando se salvar, e o renascer do confronto direita-esquerda, que todos pensávamos sepultado desde a queda do muro de Berlin e do esfacelamento da União Soviética. Fora da linha política, o povo, usado como massa de manobra para manifestações que interessam a uns e outros, quer apenas a oportunidade de viver bem.

O embate ideológico vivido pelos brasileiros desde o começo do século passado pouco ou nada serviu para o avanço da sociedade. Governos e grupos políticos desfilaram todas as utopias importadas, mas elas não serviram para melhorar a vida da população. O desenvolvimento ao longo desse tempo teve mais a ver com fatores econômicos e sociais do que com a política ideológica que, em vez de ajudar, muitas vezes teve o viés de atrapalhar. O próprio Getúlio Vargas, surgido como oposição à velha política do café com leite que alternava São Paulo e Minas na presidência da República, foi ditador e admirador das medidas de força que Hitler e Mussolini aplicavam na Europa e, ao final, passou para a história como ídolo da esquerda. O comunismo e o anticomunismo brasileiros em praticamente todas as suas vertentes, da forma que se desenvolveram, foram mais caricaturas do que posicionamentos políticos. Serviram apenas para criar líderes que não tinham o que liderar. E, finalmente, quando a esquerda chegou ao poder, deu no que deu.

Política é a arte de dialogar e solucionar conflitos. Mas não deve sobrepujar a organização do Estado. O que vivenciamos no Brasil é a ação política empregada no descumprimento das normas legais de gerenciamento da administração pública, que leva à ineficiência, ao caos e muitas vezes à corrupção. Isso precisa acabar para termos a estabilidade de uma nação. Temos de buscar o aperfeiçoamento institucional que garanta o funcionamento da máquina estatal independente de quem seja o governante e que este não tenha a oportunidade de cometer ou deixar cometer os atos de corrupção como estes que hoje escandalizam os brasileiros e são apurados pela Justiça. Para o povo, pouco importa se o presidente, os ministros ou os parlamentares são de esquerda, direita ou de centro. Esse posicionamento é apenas o clichê que a classe política inventou para seduzir o eleitor e arrebatar o seu voto. O importante é termos um Estado que funcione e seja capaz de bem empregar os impostos que arrecada e com esse dinheiro cumprir suas obrigações básicas. A verdadeira reforma política, para o bem da nação, deve retirar a administração das mãos dos políticos e a eles reservar a grande tarefa de pensar o país do futuro e direcionar através de atos e leis aquilo que a administração pública deve executar.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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