Não resta dúvida que o Brasil é campeão mundial na modalidade escândalos. É inegável. É assunto recorrente aqui e no estrangeiro: a corrupção dos políticos, graúdos, dos podres poderes e também da iniciativa privada. Com a delação da Odebrecht vamos nos tornar campeões vitalícios da corrupção.

Só que o maior dos escândalos nunca é ventilado. Conta-se nos dedos de uma só mão quem tem peito de apontá-lo. Tem mais: quem faz isso é acusado de louco, irresponsável e integrante do time que torce pelo "quanto pior, melhor".

Qual é esse escândalo que a direita, a esquerda, o centro e os de banda temem denunciar? Ora, são as taxas altíssimas de juros, as mais altas do planeta. Esse é, sem dúvida, o maior escândalo. E tudo para satisfazer a avidez dos banqueiros daqui e de fora. Esse crime é praticado ante a subserviência, leniência e conivência de governantes e autoridades. São essas taxas de juros que estão gerando a crise.

Por que não se denuncia esse escândalo nas ruas, praças e locais de trabalho? Simplesmente porque a elite política e a maioria das autoridades têm o rabo preso com os banqueiros. Preserva-se, portanto, o maior dos escândalos. Ah, Brasil. Inté.