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Opinião
25/01/2017 - 07h06
O desemprego superior a 20%
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O estudo do Banco Credit Suisse, que analisou o mercado de trabalho em 31 países desenvolvidos e emergentes e apurou que o Brasil tem 21,2% de sua massa trabalhadora desempregada ou subutilizada, é mais explosivo do que as rebeliões nas penitenciárias e os rumos da Operação Lava Jato, que hoje ocupam o lugar de destaque no noticiário. Demonstra que, além dos desconfortáveis 11,8% de desempregados que a estatística oficial admite, temos a grande massa de biqueiros, subempregados e de profissionais com formação, que não conseguem exercitar suas competências ou com elas contribuir para o bom desempenho da economia nacional.

Essa faixa cinzenta dos profissionais que ao longo da formação ou da carreira viram frustrados os seus objetivos é um grande desperdício. Muitos estudaram em escolas públicas, outros o fizeram com recursos de suas famílias e todo o investimento – público ou particular – não lhes serviu de encaminhamento e nem apresentou o retorno esperado. Corrigir essa distorção é uma tarefa tão gigantesca quanto as reformas da Previdência, trabalhista, política e outras que o governo ensaia realizar com a maior brevidade possível para evitar o aprofundamento da crise.

Migrada de rural para industrial ao longo do último século, a economia brasileira sofre de todos os vícios legados pelo paternalismo e pelas utopias políticas do período. Com o escopo de proteger o trabalhador, criou-se o Estado pesado e passível de ceder a privilégios e corrupções. Paradoxalmente, hoje, quem evita a derrocada econômica é o agronegócio, portanto rural, que com o tempo, recebeu tecnologia e se tornou produtivo. O emprego, na forma tradicional da carteira assinada, é cada vez mais escasso diante dos encargos que acarreta. O subemprego é a fuga de muitos profissionais que, para sobreviver, trabalham fora da estatística oficial e, na maioria das vezes, aceitam remuneração inferior. Tudo isso conspira contra a economia nacional. Sem dizer que a existência de grande massa de desempregados potencializa a miséria e o crime.

A existência de mais de 20% de trabalhadores sem ocupação ou subocupados é uma gravíssima constatação econômica e social. Os parlamentares e todos os titulares do Executivo, que foram buscar seus votos junto à comunidade, deveriam dar mais atenção a esse quadro e buscar fórmulas de resolvê-lo. Toda vez que alguém se qualifica para ocupar um lugar no mercado e depois não encontra onde trabalhar é a frustração intensa, mais que isso, fator de desequilíbrio na economia, que investiu na formação profissional e não teve o devido retorno.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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