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SEÇÃO
Crônicas
26/01/2017 - 06h55
Zavascki, o Teori
Damião Ramos Cavalcanti
 

Há pessoas que têm o destino de cunhar, na rijeza do metal ou na dureza da vida, os sentidos da palavra `utopia´ (literalmente, do grego, “o não lugar em lugar nenhum”); sofrem angústias, padecem sofrimentos, dos quais, sempre, faz-se um mártir, um herói. O bem, em perfeição, nunca é completamente atingível, mas continua desejável, por isso ser aguilhão gerador de ideias utópicas, metas imaginárias à cidadania, ao cidadão, que nos movem à busca do melhor. Houve, por tais motivos, vários vultos na história, mortos porque lutaram pelo bem comum, mesmo perseguidos pelos que pensam somente em si. Destaco Tomás Morus (1478 - 1535), humanista e jurista inglês, amigo do filósofo Erasmo de Rotterdam, e autor da obra A Utopia. Tomás, simplesmente por não dizer `sim´ à conduta e às ordens do rei Henrique VIII, morreu, formalmente “julgado”, condenado e cruelmente decapitado.

Daí, quem trilha caminhos semelhantes, como os de Morus, quando desaparece, logo se faz a ilação, mesmo advertido pela probabilidade, de que não morreu, mas foi morto. O bom senso alerta que saber certos assuntos é perigoso; por isso se esculpe a prudência em corpo de macaco tapando com as mãos os olhos, os ouvidos e a boca. Mas, não sendo macacos, eticamente os sentidos nos informam e a boca afirma o sentido da existência, a defesa da verdade, do direito e da justiça em função do bem comum.

Teori Zavascki deve ter sofrido muito, seguindo Morus, ao caminhar nas terras da utopia, conhecendo crimes, autos e protagonistas de tantos escárnios contra o povo, especialmente tratando-se daqueles que se disseram políticos para cuidarem exatamente da coisa pública e zelar o bem comum... Imagino o que teria pensado o Ministro Teori durante a queda do avião no mar de Paraty, sem forças contra as águas que calaram sua boca. Águas? Deve ter relembrado palavras do romano Pompeu (Navigare necesse; vivere non est necesse) ao cumprir ordem cesarista (70 a.C) de vencer os mares à procura de trigo para Roma: “Navegar é preciso, viver não é preciso” ou que se tente realizar utopias.

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