Alerta ao sedentarismo e obesidade. Especialista fala do problema que atinge boa parte da população brasileira
Estima-se que 31 milhões de brasileiros sofram com a dor na coluna lombar e no ciático, que na maioria dos casos começa na região inferior da coluna e irradia para um dos glúteos, prolongando-se pela coxa e podendo chegar até o pé. O problema no maior nervo do corpo humano, que está entre os principais motivos de afastamento do trabalho no Brasil, é dentre outras causas um reflexo dos maus hábitos. Obesidade e sedentarismo estão entre as principais causas da dor. “Responsável pela inervação dos membros inferiores, o nervo ciático é sente diretamente o impacto das estruturas do corpo, principalmente a coluna lombar, que suportam os quilos a mais na balança e a musculatura fraca por falta de exercícios”, explica Dr. Adriano Scaff, neurocirurgião especialista em medicina da dor. Outra causa também é a tendência genética. Entre os idosos, as dores do ciático podem ter como causas os escorregamentos de vértebras, a artrose das articulações da coluna e outros quadros clássicos de desgaste na estrutura óssea. As pessoas mais velhas estão mais sujeitas a quedas e atividades corriqueiras, como carregar um peso a mais, podem levar a inflamação ou provocar dano ao nervo. O especialista alerta que a dor recorrente pode ser sintoma de uma hérnia de disco ou de outras causas de compressão do nervo. “A dor do ciático é mais frequentemente causada por uma compressão por uma hérnia de disco ou por um músculo, a chamada `síndrome do piriforme´ responsável pela rotação da coxa. É um espasmo muscular que comprime o nervo ciático. E tem a osteoartrite e a estenose da coluna lombar”, explica o especialista. O Dr. Adriano Scaff afirma ainda que o diagnóstico correto da origem das dores só é possível depois de uma análise clínica criteriosa de cada caso realizada por um especialista. Um dos erros mais frequentes da população é a automedicação para o alívio da dor é veemente criticada pelo especialista. “A automedicação, de forma indiscriminada e repetida, sem a avaliação médica, especialmente no caso da dor no ciático, pode piorar o problema, podendo levar a dor crônica, sem contar danos a determinados órgãos, pelo uso de anti-inflamatórios”, conclui o médico.
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